Aprendizagem docente na educação infantil: ensinar e aprender em turmas multi-idades
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2017-12-15Metadatos
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Esta pesquisa insere-se na linha de pesquisa Formação, Saberes e Desenvolvimento Profissional do Programa de Pós-graduação, Mestrado em Educação, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Teve como objetivo geral compreender como a atuação em turmas multi-idades repercute na aprendizagem da docência de professores da educação infantil, e como objetivos específicos, identificar as trajetórias pessoais e profissionais dos professores da educação infantil que atuam em turmas multi-idades; reconhecer as relações existentes entre o ensinar e o aprender no contexto de turmas multi-idades, e identificar os processos formativos que permeiam a aprendizagem da docência de professores que atuam em turmas multi-idades. A partir dos pressupostos teóricos de Bolzan (2002, 2016), DCNEI (2009), Edwards (2016), Fortunati (2016a, 2016b), Malaguzzi (2016), Prado (2012; 2015), Rinaldi (2014), Vaillant e Marcelo (2012), Vygotski (2007) entre outros, buscamos problematizar a construção da docência no contexto de atuação em turmas multi-idades. O estudo caracteriza-se como um estudo qualitativo sociocultural de cunho narrativo baseado em André (1995), Bolzan (2006), Denzin; Lincoln et al. (2006), Freitas (2002), Gil (1994), Ludke; André (2012), Vygotski (1991) dentre outros. Para a coleta de dados, utilizamos entrevistas semiestruturadas, com tópicos guia direcionados à docência que acontece no contexto multietário. O processo de categorização deste estudo se constituiu em duas categorias: processos formativos e a organização do trabalho pedagógico em turmas multi-idades, que são permeados pela rede de relações e que resultam no aprender a ser professor em turma multi-idade. Esses elementos de análise representam a interpretação dos achados a partir das narrativas das professoras. A pesquisa realizada permite-nos problematizar a proposta de organização de turmas por multi-idades e as professoras afirmam que esta é válida, mas desafiadora, pois exige que estejam a todo tempo, atentas para as especificidades das crianças e isso mobiliza o exercício de uma outra docência. Elas também destacam que contexto escolar onde atuam se caracteriza por um diferencial no que se refere a criança como centralidade do processo de ensino e aprendizagem, respeitando as singularidades e características de cada grupo. Por fim, destacamos que a pesquisa ora apresentada abre um leque de possibilidades para se pensar a docência e os processos formativos em contextos emergentes. Nesse sentido, o contexto deste estudo caracteriza um espectro diferenciado dentro da universidade exigindo-nos um olhar atento e a escuta sensível sobre o trabalho com a infância e a formação de professores.
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