Análise da viabilidade técnica e econômica da irrigação em híbridos de milho
Abstract
Devido ao déficit hídrico, a irrigação é de suma importância para a estabilidade e
produtividade da cultura do milho. Porém, devido aos custos envolvidos a análise da
viabilidade econômica da irrigação é fundamental para justificar seu investimento. Sobre tudo
em híbridos de milho devido sua adaptação aos diferentes ambientes de cultivo. Assim com
este trabalho objetivou-se analisar a produção e a viabilidade econômica da irrigação
suplementar em diferentes híbridos de milho. O experimento foi conduzido no município de
Santiago/RS, nas safras de 2015/2016 (safra I) e 2016/2017 (safra II) em um delineamento
experimental de blocos ao acaso, com cinco lâminas de irrigação (0, 50, 75, 100 e 125% da
ETc), quatro híbridos de milho na safra I e seis híbridos na safra II. Foram avaliados: número
de espigas por planta, número de grãos por espiga, massa de 100 grãos, produtividade de
grãos e eficiência no uso da água. Através da função de produção dos híbridos e os custos
relacionados e não relacionados à irrigação por aspersão fixa para área de 1 ha, obteve-se a
receita líquida (RL) nas lâminas de máxima eficiência técnica (Wm), ótima (Wo) e
equivalente (We) e no tratamento sem irrigação e, o valor presente líquido (VPL), a taxa
interna de retorno (TIR) e a relação benefício custo (B/C). Além disso desenvolveu-se
projetos de irrigação por aspersão fixa para áreas de 1, 3, 5, 10, 15, 20 e 25 ha e declividades
da linha de recalque de 7 e 15%, e avaliou-se os custos e a ocorrência de economia de escala.
Houve melhor distribuição das chuvas na safra II que na safra I, assim as lâminas de irrigação
influenciaram, nas duas safras, a massa de 100 grãos, a produtividade e a eficiência no uso da
água e, o número de grãos por espiga na safra I. Verificou-se diferentes funções de produção e
Wm entre os híbridos. Em relação a RL, a safra I foi maior para todos os híbridos irrigados,
com diferentes valores entre os híbridos. Na safra II, apenas um dos híbridos apresentou
maior RL, em relação ao não irrigado. O VPL, TIR e B/C foram variáveis entre os híbridos, as
safras e as lâminas. Em relação aos custos para as diferentes áreas, houve ampliação, com o
aumento do tamanho da área. Portanto a irrigação aumenta o desempenho produtivo dos
híbridos, entre 9,9 e 41% e o manejo técnico da irrigação pode ser realizado entre as lâminas
de 90,6 e 105,4% da ETc. Os híbridos AG 9025, P 1630 e o DKB 290 apresentaram melhores
desempenhos agronômicos, com produtividades entre 16.281,3 e 13.609,1 kg ha-1. A RL,
VPL, TIR e R/C indicam que utilização da irrigação é economicamente viável para a maioria
dos híbridos. O manejo econômico da irrigação pode ser realizado utilizando lâminas entre
74,3 e 90,1% da ETc para obter a maior RL, estando dependente do híbrido. O AG 9025
proporcionou a maior RL dos híbridos (entre R$ 2.805,51 R$ 1.804,64 ha-1), e, o aumento do
tamanho da área irrigada proporciona deseconomias de escala.
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