A narrativa como mediação entre história e ficção
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2017-12-21Metadatos
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Nosso trabalho consiste em uma pesquisa a respeito da relação entre a história e a
ficção a partir da obra de Paul Ricoeur (1913-2005). Considerando a história como um tipo de
narrativa, encontramos em seus escritos os termos aristotélicos mímesis e mŷthos, traduzidos
respectivamente como imitação e composição da intriga, os quais, aplicados para a elaboração
historiográfica, nos permitiram compreender a história como uma criação que representa a
vida, uma composição cujo teor é a representação ficcional do ausente. Partindo dessa
concepção de história, como narrativa poética a respeito do passado, verificamos quais
elementos seriam comuns e diferentes entre a história e a ficção. Nosso ponto de partida foi a
obra A náusea (1938) de Jean-Paul Sartre (1905-1980), cujo teor sugere uma impossibilidade
de narrarmos a vida. Através da tese do entrecruzamento de Ricoeur, encontramos uma
proposta diferente da sartriana, considerando a história como uma narrativa ficcional que
possui elementos que nos permitem algum conhecimento do passado. Dessa conclusão
parcial, partimos para o contraste entre viver e narrar, através da concepção de unidade
narrativa de vida, proposta por Alasdair MacIntyre (1929) confrontada com a de identidade
narrativa de Ricoeur. A partir dessa relação, apontamos uma terceira via entre o viver
narrativamente de MacIntyre e o viver sem sentido de Sartre, que seria a dialética que
compreende vida e narrativa como complementares uma da outra.
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