Cartografia tátil: política inclusiva para estudantes com deficiência visual na educação superior
Fecha
2018-07-17Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Com a crescente inclusão de estudantes com deficiência na Educação Superior, mudanças nos
subsídios técnicos e pedagógicos que garantam o processo ensino e aprendizagem são urgentes.
Em relação aos estudantes com cegueira ou baixa visão, a mobilidade no campus universitário e
o acesso às imagens visuais utilizadas em sala de aula, como mapas, gráficos e desenhos,
adaptados de modo a permitir o alcance, a exploração e a apreensão de suas características com
a máxima autonomia e independência possíveis, provavelmente são as maiores das
inacessibilidades que precisam superar. Assim, a presente pesquisa, qualitativa e aplicada, tem
por objetivo conhecer os aspectos da cartografia tátil e sua usabilidade para o processo de ensino
e aprendizagem a estudantes com deficiência visual na Educação Superior. Coletou dados em
entrevistas por pautas junto a seis estudantes universitários com cegueira ou baixa visão e
categorizou os resultados por análise de conteúdo, sob o lema “Nada sobre nós, sem nós”, que se
dá mesmo antes desta etapa por também possuir deficiência visual o seu autor. Desse modo,
verifica-se que os recursos da cartografia tátil são ainda pouco conhecidos e encontrados na
Educação Superior, apresentando estes estudantes assim mesmo possibilidades e benefícios na
aprendizagem, mobilidade, interação social e formação acadêmica, que seriam ainda maiores se
o quadro fosse outro. Até mesmo quando materiais em relevo foram disponibilizados, na Educação
Básica principalmente, questões de usabilidade não permitiram atingir um conhecimento pleno,
racional ou que fosse ao menos continuado e aperfeiçoado posteriormente. Mas foi unânime a
importância dada a uma metodologia de ensino que oriente e acompanhe esta exploração e
aprendizagem a partir de recursos táteis e, logicamente, dentro de uma perspectiva não visual.
Conclui-se, então, que um estudante com deficiência visual pode facilmente construir imagens
mentais de elementos visuais quando os recursos da cartografia tátil se conjugam a características
tridimensionais suficientes e a uma metodologia de ensino adequada. Além disso, que já está em
tempo de adotar-se novas formas de concepção e confecção destes recursos, com maior
qualidade, durabilidade e portabilidade, por exemplo, a partir de impressoras tridimensionais. E
para tanto, o produto elaborado nesta pesquisa traz subsídios iniciais para uma norma técnica
sobre a cartografia tátil na perspectiva do ensino-aprendizagem inclusivo.
Colecciones
El ítem tiene asociados los siguientes ficheros de licencia: