Qualidade de sementes de porongo: condicionamento fisiológico associado a inseticidas e teste de frio
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2018-07-20Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
O cultivo do porongueiro (Lagenaria siceraria (Mol.) Standl) no Rio Grande do Sul está atrelado ao hábito
gaúcho de beber chimarrão. Contudo, apesar da importância econômica e em virtude do cultivo regional, estudos
agronômicos que visam dar suporte técnico ao produtor são escassos. Pois, problemas fitossanitários, como
ataque de diversas pragas, sobretudo, de Diabrotica speciosa, são os principais causadores de danos à cultura,
desde a fase plantular até a frutificação. Outra, problemática é a troca de sementes entre os produtores sem que
haja controle na qualidade das mesmas, resultando em percentuais desuniformes de germinação, com falhas na
estabilização do estande de plantas no campo. Deste modo, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a
qualidade fisiológica das sementes de porongo submetidas a métodos de condicionamentos fisiológicos
associados a tratamentos químicos e propor metodologia para o teste de frio na análise do vigor das sementes.
Para que os objetivos fossem atendidos realizaram-se dois experimentos distintos. O primeiro objetivou avaliar a
qualidade fisiológica das sementes de porongo submetidas a métodos de condicionamento fisiológico associados
com inseticidas. As sementes foram submetidas a duas formas de condicionamento: hidrocondicionamento com
pré-hidratação em água destilada por 32 h; e osmocondicionamento com pré-hidratação em solução de PEG
6.000 por 48 h e sementes sem condicionamento. Após, o condicionamento realizou-se o tratamento com os
inseticidas de ingredientes ativos: imidacloprido, fipronil e tiametoxam, nas doses de 100, 200 e 300 mL para
100 kg-1 de sementes. Avaliou-se a germinação, primeira contagem de germinação, comprimento e massa de
plântula, índice de velocidade de germinação, tempo médio de germinação, emergência a campo, índice de
velocidade de emergência, tempo médio de emergência e frequência relativa de germinação. Constatou-se que o
hidrocondicionamento e o osmocondicionamento não foram eficazes para melhoria na expressão da primeira
contagem de germinação e de germinação das sementes de porongo, entretanto, os mesmos foram eficientes para
o índice de velocidade de germinação e emergência, e o tempo médio de emergência destas sementes. Os
inseticidas imidacloprido, fipronil e tiametoxam, foram benéficos para o tratamento fitossanitário de sementes de
porongo, pois não alteram a qualidade fisiológica das sementes. No segundo experimento objetivou-se aprimorar
a metodologia do teste de frio para sementes de porongo, testando diferentes substratos em combinações de
baixas temperaturas e períodos de exposição ao frio. O teste de frio foi realizado em rolo de papel e caixas
plásticas com solo e substrato comercial, em duas temperaturas de frio (10 e 15° C), pelos períodos de exposição
de três, cinco e sete dias de frio. A metodologia do teste de frio utilizando o rolo de papel mostrou-se como
opção mais viável, em que a diferenciação em três níveis de vigor sem perda do potencial fisiológico dos lotes
pode ser obtida com período de exposição de sete dias ao frio de 10 ou 15° C. Os testes de primeira contagem de
germinação, de germinação e da massa seca de raiz apresentaram correlações significativas com as diferentes
metodologias do teste de frio. Com este estudo pode-se verificar que os diferentes métodos de condicionamento
utilizados foram eficientes para melhorar apenas algumas das variáveis utilizadas na avaliação da qualidade
fisiológica das sementes, e que, o frio funcionou como um agente condicionante para as sementes de porongo.
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