Análise de perdas do efeito corona em linhas de transmissão de 230 kV no cenário brasileiro
Resumo
O presente trabalho foi elaborado com o objetivo de compreender o impacto do efeito corona no sistema elétrico brasileiro. Para tanto foram utilizados nessa pesquisa os documentos do PET - Programa de Expansão da Transmissão do site da EPE – Empresa de Pesquisa Energética, os quais possuem caráter determinativo abrangendo um horizonte de seis anos e deles constam as instalações de transmissão ainda não licitadas ou autorizadas, recomendadas para entrar em operação nos próximos seis anos, com a finalidade de subsidiar o MME na priorização das instalações de transmissão que integrarão os lotes a serem oferecidos nos futuros leilões de transmissão. Além disso, constitui em importante sinalizador para os agentes setoriais e fornecedores dos investimentos a serem realizados nos próximos anos com caráter indicativo e contempla as instalações recomendadas para entrar em operação a partir do sétimo ano. Assim, as linhas de transmissão têm a finalidade de transportar uma energia elétrica de boa qualidade e com a maior eficiência, e ao mesmo tempo minimizar possíveis impactos ecológicos, sociais e principalmente as perdas por corona, sendo esta última a responsável por elevados gastos desnecessários. Devido a estudos na área, sabe-se que o efeito corona tem relação direta com o número de condutores por fase e com faixas de tensões a partir de 230 kV. À vista disso, é realizado no trabalho um levantamento do cenário elétrico brasileiro com foco em Linhas de Transmissão – LT’s de 230 kV que contenham 1 cabo/fase do tipo 636 MCM – 26/7 (Grosbeak), o qual é a configuração mais susceptível às grandes perdas por corona. Além do mais, foram encontrados 153 trechos, dentre eles seccionamentos, recapacitações de linhas e a construção de linhas novas, com uma extensão total de 8.273,9 km divididos pelas cinco regiões do país. Por fim, é apresentada uma proposta de melhoria de configuração de LTs desse tipo a fim de mitigar o Efeito Corona, levando em conta o tipo de cabo mais adequado e a disposição das fases que compõem o circuito.
Coleções
- TCC Engenharia Elétrica [193]
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