De creche à EMEI em Santiago/RS: estudo sobre o trabalho pedagógico
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2018-07-30Metadatos
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Este trabalho investigou, com base no discurso de monitoras, professoras que trabalham nas Escolas Municipais de Educação Infantil (EMEIs) da cidade de Santiago/RS e das gestoras dessa Rede, como o trabalho pedagógico produzido nessas escolas vem se constituindo em consonância com a historicidade dessas instituições. Sob a perspectiva teórico-metodológica do Materialismo Histórico e Dialético, a produção de dados aconteceu no município de Santiago/RS. Os primeiros dados foram produzidos através de questionários, respondidos por todas as professoras e monitoras que se encontravam trabalhando nessas instituições. Após a tabulação desses dados, participaram de uma entrevista semiestruturada duas gestoras da Rede Municipal de Educação, sendo a coordenadora pedagógica que organizou a transição das creches para o setor educacional e a secretária de educação que efetivou essa transição. Além das gestoras, quatro professoras e quatro monitoras realizaram entrevistas, sendo escolhidas por dois critérios. O primeiro critério utilizado foi o ano de ingresso, 2011 e 2012 para o primeiro grupo, por serem os anos em que ingressaram as primeiras professoras para trabalhar em EMEIs no município e a década de 1990 para o segundo grupo, por ser quando ocorreu a transição da creche do setor assistencialista para o educacional. O segundo critério para a escolha foi selecionar duas monitoras e duas professoras que acreditam que as EMEIs são reconhecidas como escola no município de Santiago/RS e duas monitoras e duas professoras que acreditam que essa instituição ainda não é reconhecida como escola. Após a análise dos discursos produzidos através das entrevistas, realizou-se um grupo de interlocução com as participantes da pesquisa, momento em que foram produzidos novos dados e analisados os que já constituíam a pesquisa. A análise dos dados se constituiu dialeticamente, considerando quatro categorias de análise: trabalho pedagógico, historicidade das EMEIs, políticas públicas e pertença profissional. As considerações que se chegaram ao final foram de que essa instituição ainda não é pensada para crianças, as políticas educacionais apresentam dubiedade de sentido, as trabalhadoras das EMEIs vivem uma crise de pertença profissional, muitas delas apenas cumprindo seu emprego em detrimento ao trabalho e, por serem todas mulheres, acabam tendo sua profissão confundida com maternagem. Todos esses aspectos acabam por resultar em um trabalho pedagógico frágil, que não consegue sustentar essa instituição como a escola da infância.
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