Quem escondeu o ritmo oculto? Um estudo de caso comparado entre o ritmo escolar no Brasil e França
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2018-08-07Metadatos
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O estudo desenvolvido versou sobre o termo Ritmo Escolar, entendendo este como um componente curricular que trata do funcionamento temporal Formal, Real e Oculto da escola. O objetivo foi de, a partir de um Estudo de Caso Comparado, analisar como os Ritmos Escolares, no Brasil e na França, se manifestam nos cotidianos de duas escolas públicas de periferia, uma em cada país. A coleta de dados foi realizada a partir da revisão histórico-bibliográfica dos documentos legais sobre a temática do tempo que a criança passa na escola no Brasil e na França, da observação participante e de entrevistas semiestruturadas aplicadas aos professores e monitores de duas escolas públicas, na etapa dos Anos Iniciais. O referencial teórico utilizado foram estudos de autores que abordam a temática sobre o tempo que a criança passa na escola, no Brasil, Jaqueline Moll (2012, 2013), Ana Cavaliere (2002, 2007, 2014), Miguel Arroyo (2012), na França, François Dubet (2012), Bernard Charlot (2002, 2013), Marie Pierre Chopin (2010), Bernard Lahire (1995) entre outros. Constatou-se que o debate político educacional sobre o tempo que se passa na escola, nos dois países, estabelece uma relação de causalidade com o sucesso ou fracasso escolar e social, através da ideia de que a (re) organização, criação, aumento, melhoramento e qualificação dos diferentes tempos e espaços escolares são fatores importantes para diminuir as desigualdades escolares e, consequentemente, as sociais, sobretudo, dos alunos oriundos das camadas mais pobres. Contudo, as inserções de terreno realizadas revelaram uma realidade bastante diferente, levando a concluir que somente a mudança quantitativa e formal do tempo que se passa na escola não é por si só uma solução para o fracasso escolar, sobretudo dos alunos oriundos nos meios socioeconômicos mais pobres. É necessário que os novos tempos de (na) escola sejam qualificados com espaços formativos e com formadores engajados na educação para além do currículo formal, que o acesso às diferentes atividades seja direito de todas às crianças e adolescentes que frequentam as escolas públicas e que, por fim, entenda-se que para se reformar os Ritmos Escolares é fundamental não só propor novas atividades extraescolares ou mais tempo na escola, mas, também, apreender que a superação do modelo escolar tradicional precisa fazer parte desta mudança.
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