Características de trabalhadores de estratégia saúde da família frente a identificação de idosos vítimas de violência
Resumo
Objetivo: Estimar a prevalência e fatores associados à identificação de idosos vítimas de violência a partir da perspectiva dos trabalhadores das Estratégias Saúde da Família no município de Santa Maria, no ano de 2018. Método: Aplicação de questionário semiestruturado direcionado a 152 trabalhadores. Após os dados foram analisados pelo software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS, versão 20.0), sendo estimado as frequências absoluta e relativa, e a prevalência do desfecho para cada variável preditora. Resultados: A prevalência de identificação de idosos vítimas de violência foi realizada, em sua maioria, por trabalhadores do sexo feminino (64,2%) e trabalhadores que tinham de 41 a 62 anos (70,9%). 70,3% dos trabalhadores possuíam entre 1 e 10 anos de serviço em saúde pública, sendo que a maior prevalência, estatisticamente significativa, de identificação de violência contra os idosos na atenção primária à saúde foi encontrada nesse grupo (RP = 2,79; IC95%1,15 – 6,77). 70% do grupo de trabalhadores que participou de cursos sobre a temática identificou casos de violência contra idosos. Não houve diferenças estatisticamente significativas nas variáveis da dimensão Demográfica, bem como nas demais variáveis da dimensão Processos de Trabalho – participação em cursos, saber caracterizar e conhecer fatores de risco. Conclusão: é fundamental um olhar atento e humanizado que permita prever ou suspeitar de situações que podem levar a violência. A inclusão da temática nas atividades de educação permanente para trabalhadores da Atenção Primária à Saúde aproximaria os trabalhadores do tema e aprimoraria seu conhecimento.
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