Corantes naturais da cultura indígena no ensino de química
Fecha
2019-01-30Metadatos
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Recentemente, por meio da legislação 11.645 de 2008, a temática “indígena” começou a ser considerada objeto de estudo na educação básica. Desde então, tem se discutido a possibilidade de incluir a temática em sala de aula e de como realizar essa abordagem. Assim, a pesquisa apresentada nesta dissertação, articula conhecimento científico e saber cultural indígena, por meio da Química dos corantes naturais, com o objetivo de contribuir com a formação inicial de professores de Química e promover o ensino e a aprendizagem de Química Orgânica a estudantes da terceira série do ensino médio. A fim de cumprir com os objetivos propostos, esta pesquisa foi estruturada em duas etapas. Na primeira etapa, foram realizados encontros com seis professores em formação inicial e atuantes no projeto PIBID-Química/UFSM, para contribuir com a formação destes docentes, na aquisição e assimilação de novos conhecimentos sobre a cultura indígena no ensino, por meio da construção e aplicação de uma oficina temática. A oficina elaborada foi intitulada “Tintas indígenas” foi aplicada em um período de 4 horas aula com 19 estudantes do ensino fundamental. Participaram da segunda etapa desta pesquisa 23 estudantes regularmente matriculados no ensino médio do Colégio Militar Tiradentes da Brigada Militar de Santa Maria. Foram desenvolvidas e aplicadas duas oficinas temáticas, relacionando conceitos científicos de Química Orgânica com os corantes naturais da cultura indígena: urucum, açafrão, mogno, jenipapo e pau-brasil. As principais metodologias utilizadas neste trabalho, foram: Oficinas temáticas, construídas com base nos três momentos pedagógicos; atividades experimentais; estudo de casos e mapas conceituais. Como instrumentos de coleta de dados utilizamos: questionários, produção textuais, diários de aula e mapas conceituais, os quais foram analisados por meio da Análise Textual discursiva- ATD. Os resultados obtidos com o desenvolvimento da primeira etapa indicam que a inserção da temática cultura indígena no processo de formação docente contribuiu de maneira significativa para a formação inicial de professores de Química, favorecendo a aquisição de novos conhecimentos, proporcionado o contato com a temática indígena. Estimulamos o planejamento, a reflexão docente, a busca pela formação permanente e fornecemos subsídios necessários para que estes professores possam desenvolver suas aulas contextualizadas com a cultura indígena. Por meio dos resultados obtidos na segunda etapa, concluímos que a abordagem dos conceitos científicos e culturais sobre os corantes naturais da cultura indígena favoreceu o processo de aprendizagem de Química Orgânica, uma vez que essa abordagem proporcionou o contato direto dos estudantes com os corantes naturais e a cultura indígena por meio das atividades desenvolvidas, bem como propiciou o ensino de química contextualizado, favorecendo o processo de aquisição e assimilação do conhecimento e dessa forma contribuindo para que detectássemos indícios de que ocorreu uma aprendizagem duradoura.
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