#Gamergate Controversy: o discurso de ódio biopolítico no universo gamer
Resumo
Nesse trabalho visa-se analisar como o ódio biopolítico se expressa no Universo Gamer através dos discursos na rede. O termo biopolítica será usado como foi concebido nas obras de Michel Foucault e Giorgio Agamben, indicando a aplicação e o impacto do poder político sobre todos os aspectos da vida humana, através do controle e normalização dos corpos, não de forma institucional, nem repressiva, mas de modo difuso, não hierarquizado, que se torne inerente ao ser humano. A pesquisa toma por objeto os discursos de ódio biopolíticos proferidos contra minorias no Twitter através da hashtag #gamergate, criada em alusão ao caso Watergate, para discutir a ética no jornalismo gamer, mas que acabou sendo redirecionada com o propósito de propagar o ódio biopolítico principalmente contra mulheres. O objetivo desse trabalho é analisar o discurso de ódio biopolítico, que reduz os indivíduos aos seus aspectos biológicos como seu caráter de gênero, a cor da pele ou sua orientação sexual e considerando esses aspectos como inferiores por uma raça que se julga dominante e exclui o que considera diferente. O estudo verificou que o uso da hashtag #gamergate por usuários intolerantes, acabou por evidenciar que o Universo Gamer não se distingue do resto da sociedade ao propagar seu ódio biopolítico, onde os que detêm o discurso dominante excluem aqueles que eles não enxergam como parte de seu padrão.
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