A discursividade na fanpage oficial da UFSM: uma análise sobre a (re) produção de discurso e sentidos
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2018-12-10Metadatos
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Esta dissertação de Mestrado analisa a fanpage oficial da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) a partir de quatro publicações referentes à divulgação do Sisu nos meses de janeiro e fevereiro de 2018. Observamos a textualidade presente na fanpage tendo como referência comparativa a textualidade do site da UFSM, com notícias que correspondem ao assunto Sisu publicadas nos dias em que as postagens foram divulgadas. O objetivo é o de analisar os deslocamentos discursivos de ambas textualidades, tendo como arcabouço teórico e metodológico a Análise de Discurso baseada em Michel Pêcheux. Buscamos compreender o funcionamento do discurso institucional em uma fanpage, ou seja, nas condições de produção do mundo digital mobilizando noções de formulação, circulação e constituição para compreendermos os efeitos de sentido na discursividade da notícia tanto tradicional quanto aquela formulada em uma página do Facebook. Para isso, analisamos o pré-construído da notícia tomada como tradicional ou padrão, aquela cuja formação imaginária nos leva a um simbólico de “séria”, status construído também por meio de sua textualidade. Abordamos o funcionamento do discurso publicitário a partir de reflexões de Coutinho (2015) e do discurso da mídia a partir de Medeiros (2013) bem como buscamos entender estes dois discursos também do ponto de vista comunicacional, para entender como se formulam no espaço digital. Os efeitos produzidos também são gerados a partir da posição-sujeito, do lugar em que são enunciados, ou seja, a UFSM enuncia a partir de uma formação discursiva institucional, do espaço público, portanto abordamos teorias sobre a cidadania e da comunicação pública levando em consideração a imbricação com outra formação discursiva e ideológica: a do consumo, capitalista. Pudemos averiguar que houve deslocamentos quando se trata de formulação e circulação dos sentidos ao pensarmos ambos os formatos em referência a um e outro, porque são tomados pelas suas condições de produção. Porém, observamos uma reprodução de sentidos com relação à constituição, à memória discursiva, ao todo complexo com o dominante. Isso porque ambas as formulações estão construídas sob a mesma formação ideológica: a capitalista. As formulações são diferentes entre si, seu corpo textual se desloca pelas condições de produção a que estão sujeitas, no entanto, são constituídas a partir da mesma memória discursiva. Portanto, entendemos que quando se fala em mudanças atreladas ao digital, este discurso está na ordem da evidência, sendo construído por meio da opacidade da expressão “novas tecnologias”. Ou seja, funcionam para manter determinada ordem institucional de submissão ao consumo (MEDEIROS, 2013).
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