O lazer nas sociedades de controle
Resumen
Partindo do conceito Sociedades de Controle, proposto mas não totalmente
desenvolvido por Michael Foucault, onde está contida a tese do controle contínuo do
corpo, buscou-se compreender em que medida este grau de controle influencia
também as práticas de Lazer. Este estudo pretende essencialmente realizar o
esboço de uma caracterização do Lazer nestes espaços para, num segundo
momento, problematizá-lo. O itinerário percorrido foi o seguinte: Partindo de uma
tentativa de contextualização através de um relato em linguagem voluntariamente
prosaica que descreve um olhar sobre o centro urbano de Santa Maria-RS (tentando
captar parte de sua dinâmica própria e algumas de suas respectivas práticas de
Lazer), passamos ao capítulo um, que tenta situar o leitor quanto à natureza e o
propósito do texto (já brevemente referidos acima). Em seguida, no capítulo dois,
buscamos uma aproximação com alguns pressupostos teóricos aqui tratados
metaforicamente como “lentes”, ou seja, instrumentos para ampliar nossa
capacidade de observação e compreensão do fenômeno em questão. No terceiro e
último capítulo, já de posse (relativa) daqueles instrumentos, realizamos uma
tentativa de problematização do Lazer, apoiada na noção de corpo enquanto produto
dos efeitos de poder correspondentes às Sociedades de Controle.