Artemísia absinthium minimiza a toxicidade induzida por paracetamol em camundongos
Resumo
O Paracetamol (APAP) é um analgésico muito popular associado às ingestões tóxicas. Há muitos estudos sobre a prevenção da hepatotoxicidade induzida por APAP usando plantas medicinais. Porém muito poucos utilizando a Artemisia absinthium (AA) popularmente conhecida como losna. Este estudo tem o objetivo de investigar os efeitos antioxidantes do extrato aquoso de AA contra a intoxicação por APAP em camundongos. Os resultados mostram que o extrato de AA apresenta grandes concentrações de polifenóis e flavonóides. Em testes in vitro, houve uma diminuição acentuada na peroxidação e, a atividade quelante de radical DPPH foi reduzida nas concentrações crescentes de extrato. Posteriormente, ex vivo, AA reduziu a peroxidação lipídica induzida por ferro. Na fase de intoxicação com APAP houve um aumento significativo na peroxidação lipídica e também uma diminuição dos níveis de tiol não proteico e das enzimas superóxido dismutase e catalase nos tecidos hepático, renal e cerebral. O APAP causou um aumento das atividades de enzimas de transaminases no soro (ALT e AST), e também diminuiu a viabilidade celular. Em geral, esses efeitos podem estar relacionados com o seu potencial antioxidante in vitro e ex vivo. Ainda, mais estudos são necessários para destacar o mecanismo de ação do extrato aquoso de AA, especialmente seus efeitos na prevenção de disfunção mitocondrial. Estes resultados mostram que o extrato aquoso de AA tem propriedades hepato protetoras contra a toxicidade induzida por APAP.
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