Variabilidade na amostragem de serrapilheira em floresta estacional decidual no município de Silveira Martins/RS
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2019-02-25Metadatos
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O objetivo do presente trabalho foi estudar a origem da variância na produção de serapilheira e os principais fatores que contribuem para tal. O estudo foi realizado em um fragmento de Floresta Estadual Decidual no município de Silveira Martins/RS. A amostragem foi sistemática com 117 coletores de serapilheira de dimensões 0,5 x 0,5 m e profundidade de 3 cm, espaçados de 7,5 x 7,5 m, distribuídos em um grid de 9 linhas por 13 colunas, totalizando 5.400 m² de área amostral. O experimento foi instalado no ano de 2015, porém, as coletas de serrapilheira para o presente trabalho deram-se no decorrer do ano de 2018. Foram levantadas informações das espécies florestais presentes na área e a produção de serrapilheira em cada coletor, assim como sua posição de coordenadas X e Y no grid amostral. Os dados de produção de serapilheira foram obtidos através de 5 coletas, realizadas em: janeiro, maio, agosto, novembro e, dezembro. Realizaram-se estudos sobre: a composição da vegetação, descrição da produção de serapilheira, sua dependência espacial e investigações sobre a interação entre a produção de serapilheira com a altura de superfície e também com as espécies de maior frequência na área de estudo. A análise da composição florestal foi realizada através do cálculo de frequência relativa (FR%) das espécies. A descrição da produção de serrapilheira se deu através do levantamento da média, mediana, desvio padrão, variância e coeficiente de variação de cada coletor (ton/ha). De forma complementar, foram realizadas análises de estatística clássica envolvendo testes de normalidade, cálculos de suficiência amostral, análise de variância, análise de covariância e testes de médias. A dependência espacial da serrapilheira de cada coleta foi testada através de análises geoestatísticas, utilizando semivariogramas e mapas de interpolação de krigagem. A Função K de Ripley bivariada foi utilizada para investigar a interação da produção de serapilheira com a altura de superfície e as espécies de maior frequência na área. Os resultados indicaram Ocotea puberula, Cupania vernalis, Parapiptadenia rigida e Nectandra megapotamica como as espécies de maior frequência na área de estudo. Em relação à dependência espacial, apenas as coletas 3 e 5 indicaram padrão de dependência espacial. As investigações sobre fatores de associação com serapilheira indicou que áreas de altura de superfície baixa tendem a produzir os maiores volumes de serapilheira enquanto que áreas de altura de superfície alta tendem a acumular os menores volumes de serapilheira. Em relação à associação com as espécies de maior frequência, a produção de serapilheira não apresentou nenhuma associação com as mesmas, o que pode ser explicado por este tratar-se de um processo natural que varia com diversos fatores, de modo que o conjunto da população florestal é mais importante que a frequência de espécies, visto que cada uma apresenta características específicas no que se trata de produção dos materiais que compõem a serapilheira. Recomenda-se amostragem em menores distâncias para estudos de dependência espacial envolvendo a produção média de serapilheira.
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