Caracterização de painéis WPC fabricados com partículas de madeira de pinus e recicláveis de poliestireno
Resumo
Atualmente existe uma tendência mundial de valorizar materiais que, além de serem de baixo custo, possam ser ambientalmente corretos. Esta última condição refere-se aos aspectos renováveis, biodegradáveis e recicláveis que possam ser apresentados. A produção de novos materiais, como os painéis madeira-plástico (WPC, Wood Plastic Composite), com a reciclagem de resíduos é uma tendência do mercado que visa ao mesmo tempo obter produtos ambientalmente e ecologicamente corretos e reduzir os custos de produção. O objetivo desse trabalho foi avaliar a possibilidade de produzir compósitos madeira-plástico utilizando resina termoplástica resultante da reciclagem de copos plásticos de poliestireno (PS) com partículas de madeira de pinus, e testar suas propriedades físico-mecânicas. As proporções entre as partículas de poliestireno e partículas de madeira empregadas foram de 75/25, 60/40, 50/50 e 40/60%, respectivamente. O desempenho dos painéis foi avaliado através da determinação da densidade, absorção de água e inchamento em espessura após 2 e 24 horas de imersão em água, dureza, resistência ao arrancamento de parafusos, resistência à tração perpendicular e propriedades de flexão estática. O aumento da proporção de poliestireno tende a aumentar a estabilidade dimensional dos painéis, diminuindo os valores de absorção d’água e inchamento em espessura; porém, diminuiu sua densidade afetando outras propriedades mecânicas como a dureza, o módulo de ruptura (MOR) e o módulo de elasticidade (MOE). A tração perpendicular foi maior no painel com maior teor de PS (75/25%). Analisando os resultados de maneira geral pode-se concluir que é possível o reuso de poliestireno na confecção de compósitos de madeira-plástico, com características aceitáveis comercialmente.
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