Erliquiose em cães
Resumen
A Erliquiose canina é uma doença causada por uma bactéria do gênero Ehrlichia, que são parasitas intracelulares obrigatórios de leucócitos e plaquetas. As espécies que mais acometem os cães são E. canis, E. ewigii e E. platys. É diagnosticada no mundo todo e no Brasil sua incidência está aumentando. Os cães acometidos são de qualquer idade, sexo ou raça, mas filhotes, Pastores Alemães e Dobermann Pinchers podem desenvolver uma forma mais grave da doença. O vetor é o carrapato marrom dos cães (Rhipicephalus sanguineus) que se contamina ao ingeri células infectadas e inocula a Ehrlichia quando se alimenta do sangue de outro cão. O curso da doença é dividido em 3 fases: aguda, subclínica e crônica, ocorrendo alterações clínicas, hematológicas e bioquímicas variando, de brandas a severas. Existem várias formas de diagnóstico da erliquiose, como a detecção de mórulas no esfregaço sanguíneo, reação de Imunoflurescência indireta (IFA), Elisa, PCR e outros. O tratamento se dá com o uso de antibioticoterapia, sendo a doxiciclina a droga de eleição, uso de dipropionato de imidocarb e terapias de suporte. A profilaxia da erliquiose é feita através do controle do carrapato, quarentena, tratamento de cães provenientes de áreas endêmicas e testes sorológicos para detecção de animais assintomáticos. Este trabalho tem como objetivo, caracterizar as várias alterações clínicas, hematológicas, as formas diversas de diagnóstico e terapia ideal para os cães com essa enfermidade.