A formação continuada dos professores do ensino fundamental no município de Passo Fundo - RS, para o trabalho pedagógico - da exclusão à inclusão escolar
Resumen
O presente artigo monográfico discorre sobre as trajetórias pelas quais a Educação Especial tem percorrido na busca pela efetivação da inclusão de alunos deficientes em classes regulares de ensino. Partindo dos primeiros debates acerca da inclusão, dos movimentos então denominados “integração de portadores de necessidades educacionais especiais”, das mudanças ocorridas nestes movimentos e que resultaram no modelo atual de inclusão, no Brasil e particularmente no município de Passo Fundo. O caminho percorrido é enfocado do ponto de vista dos documentos legais, dos planos e políticas educacionais, e do histórico de exclusão destes alunos, inicialmente reclusos às instituições especializadas voltadas principalmente às questões de saúde e assistenciais, até a inclusão dos mesmos em classes comuns de ensino. Outro ponto citado é quanto a importância da necessidade de adaptações pedagógicas e físicas das escolas, e, finalizando, vislumbramos o (des)preparo e a formação continuada dos professores municipais que recebem estes alunos em suas salas de aula. O presente trabalho tem como objetivo compreender a relação entre o discurso de inclusão escolar e a formação de professores, promovida pela Secretaria Municipal de Educação (SME) de Passo Fundo/RS, individualmente ou, em parcerias com o Governo Federal. Para tanto, este estudo foi realizado por meio de uma pesquisa do tipo quantitativo-descritiva e exploratória, articulando-se com a análise documental do projeto de trabalho da SME, e como instrumentos de dados as entrevistas realizadas com 14 docentes que trabalham em escolas municipais que possuem alunos deficientes incluídos em suas classes. Por meio da coleta e análise de dados constatou-se que muitos dos docentes não se sentem capacitados ou preparados para lidar com os alunos com deficiências, deixando evidências de que apesar dos meios utilizados pela instituição, as pessoas que foram de certa maneira “preparadas” para esta inclusão, não são necessariamente as mesmas que recebem os alunos, e isto deixou a desejar no que se refere a possibilidades de práticas de ensino que possam estimular posturas reflexivas de inclusão e o sentimento de conquista do conhecimento por parte dos professores envolvidos neste processo.
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