Efeito do ácido rosmarínico sobre as crises epilépticas e alterações comportamentais em diferentes modelos experimentais de epilepsia
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2016-03-01Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
A epilepsia é uma doença neurológica crônica caracterizada por crises epilépticas recorrentes. No
entanto, as atuais drogas anticonvulsivantes são ineficazes em quase um terço dos pacientes e podem
causar efeitos adversos significativos. O ácido rosmarínico é uma substancia natural, que exibe
diversos efeitos biológicos, incluindo atividade antioxidante, anti-inflamatória e neuroprotetora.
Frente ao fato que o estresse oxidativo, a inflamação e excitotoxicidade desempenham um papel
importante na fisiopatologia das crises, nós buscamos neste presente estudo testar a hipótese que o
ácido rosmarínico exibe efeitos anticonvulsivantes em diferentes modelos experimentais. Nossos
resultados demostraram que o ácido rosmarínico quando administrado na dose de 30 mg/kg aumenta a
latência para as crises mioclônicas e para as crises generalizadas tônico-clonicas induzidas por PTZ,
assim como aumentou a latência para as crises mioclônicas induzidas pelo agente convulsivo
Pilocarpina. Estes dados foram confirmados através do registro eletroencefalográfico. Além disso, a
dose anticonvulsivante de ácido rosmarínico (30 mg/kg) aumentou o número de crossing e o tempo
exploração centro da arena no teste campo aberto, sugerindo efeito tipo ansiolítico. No teste do nado
forçado ocorreu um aumento no tempo de imobilidade dos animais. Posteriormente foi avaliado o
efeito do tratamento sub-crônico do ácido rosmarínico (3 ou 30 mg/Kg) sobre as crises epilépticas e
alterações comportamentais no modelo de status epilepticus induzido por Pilocarpina. No entanto o
ácido rosmarínico não causou nenhuma diferença significativa na frequência das crises e nem nos
parâmetros comportamentais avaliados. Esses resultados decorrem possivelmente da ação
GABAergica do ácido rosmarínico, através da inibição da enzima GABA-transaminase, que culmina
em uma atividade anticonvulsivante e ansiolítica no modelo agudo de epilepsia. No entanto, não foi
possível visualizar o efeito anticonvulsivante e/ou alterações comportamentais no modelo crônico de
epilepsia. Todavia, estudos adicionais são necessários para investigar as implicações clínicas destes
achados, bem como os seus mecanismos subjacentes.
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