Exposição simultânea ao vinilciclohexeno e ao metilmercúrio em Drosophila melanogaster: análise bioquímica e molecular
Fecha
2017-02-13Metadatos
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A exposição a compostos tóxicos é cada vez mais frequente. Este fato é relevante, visto que xenobióticos causam um desequilíbrio na homeostase do organismo, principalmente, induzindo o estresse oxidativo. Além disso, podem alterar a atividade de enzimas e a expressão gênica, principalmente relacionada ao sistema antioxidante e a resposta inflamatória, o que pode ser usado como um indicador precoce de toxicidade. Dentre estes compostos destacam-se o vinilciclohexeno (VCH), um subproduto da produção de plástico e derivados, e o metilmercúrio (MeHg), uma forma orgânica do Hg, encontrada principalmente nos peixes. Como estamos constantemente expostos a uma ampla variedade de xenobióticos, torna-se necessário estudar os efeitos da exposição a dois ou mais agentes tóxicos concomitantemente. Deste modo, este trabalho visa estudar os efeitos isolados e da interação do MeHg e do VCH frente ao estresse oxidativo e modulação gênica em Drosophila melanogaster, uma vez que estes compostos apresentam semelhanças nos seus mecanismos de toxicidade. Para construir curvas de sobrevivência as moscas foram expostas a diferentes concentrações de MeHg (0 a 400 μM) e de VCH (0 a 10 mM). As maiores concentrações dos compostos que não alteraram a sobrevivência das moscas foram utilizadas no estudo do efeito da coexposição. A produção de espécies reativas (ER) e a atividade das enzimas glutationa S-transferase (GST) e acetilcolinesterase (AChE) foram avaliadas na cabeça e no corpo das moscas após um e três dias de exposição individual e concomitante ao VCH e ao MeHg. As modificações na expressão de genes relacionados à manutenção do estado redox e resposta inflamatória das células foram avaliadas após três dias de exposição em ambos os tecidos. Houve uma diminuição na produção de ER após um dia de exposição ao MeHg na cabeça das moscas, em contraste, todos os tratamentos aumentaram a produção de ER no corpo das moscas após um dia de exposição e somente a coexposição dos compostos induziu um aumento neste parâmetro após três dias. Quanto a GST, na cabeça das moscas, após um dia de exposição ao VCH houve um aumentou na atividade desta enzima ao passo que a exposição ao MeHg induziu este aumento após três dias de exposição. No corpo, todos os tratamentos aumentaram a atividade da GST após um dia de exposição aos compostos e, após três dias, somente a exposição ao MeHg aumentou a atividade desta enzima. Os tratamentos não alteraram a atividade da AChE na cabeça das moscas Ocorreu um aumento na expressão do gene Relish, na exposição ao MeHg no corpo das moscas. Sendo assim, a exposição ao VCH e ao MeHg induziu estresse oxidativo e ativação da resposta inflamatória. Destacamos que os testes bioquímicos e moleculares foram capazes de detectar alterações mesmo quando a taxa de mortalidade das moscas não foi afetada. Na maioria dos testes não conseguimos detectar um aumento nos efeitos tóxicos após a coexposição, o que pode incorrer do fato que os dois compostos testados, apesar das semelhanças nos mecanismos de toxicidade, têm como principais alvos órgãos diferentes.
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