Propriedades de proteção gastrointestinal da Rosmarinus officinalis l. em associação a testes microbiológicos e antioxidantes in vitro e ex vivo
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2016-03-18Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
A produção de espécies reativas acima dos níveis fisiológicos representa um alto risco para o surgimento de muitas
patologias. Neste contexto, o estresse oxidativo e a inflamação podem estar presentes na etiologia de patologias
gastrointestinais, como a úlcera péptica, associadas a ingestão de etanol, e por vezes, apresentam implicações hepáticas e
neurais. A úlcera péptica é composta por danos gastrointestinais os quais afetam muitas pessoas em todo o mundo e seu
desenvolvimento é resultado do desequilíbrio entre os fatores de proteção e agressão gástricos. A Rosmarinus officinalis
L. é popularmente conhecida pelas suas propriedades medicinais em várias patologias, principalmente devido a presença
de compostos fenólicos em sua composição. Assim, nesta tese o objetivo foi realizar análises in vitro e ex vivo sobre as
propriedades antioxidantes do extrato etanólico de Rosmarinus officinalis L. (eeRo) e suas frações (DCM, EA, ButOH),
além de investigar as suas atividades antibacterianas e a possível aplicabilidade do eeRo na proteção gastrointestinal. O
eeRo foi obtido a partir de folhas secas (40ºC) e submetidas a uma extração alcóolica em aparelho de soxhlet. O eeRo foi
separado por diclorometano, acetato de etila a butanol em um funil de separação para obter as frações DCM, EA e ButOH,
respectivamente. A quantificação dos constituintes do eeRo e suas frações foi realizada por HPLC–DAD. O eeRo e suas
frações foram testados como “scaveging” de radical DPPH•- e sobre capacidade antioxidante total sem a utilização de
tecido e em ensaios de peroxidação lipídica induzida por nitroprussiato de sódio e fluorescência de diclorofluorsceína em
fígado, cérebro e estômago de ratos adultos machos. O eeRo e suas frações foram testados no ensaio de concentração
inibitória mínima em bactérias. Além disso, o eeRo e suas frações foram analizados em modelos de lesão gástrica e
intestinal. Após a aplicação desses modelos e o prévio tratamento com eeRo foram realizados os ensaios de fluorescência
de dilorofluorceína diacetato, peroxidação lipídica, taxa de GSH/GSSG, atividade da superóxido dismutase, catalase e
mieloperoxidase em estômago e intestino de ratos. Além disso, foram mensurados os níveis de nitrito e nitrato, índice de
ulceração além da realização de testes histopatológicas apenas em estômago. A atividade da Na+/K+-ATPase foi
mensurada apenas em intestino. Os eeRo, DCM, EA tiveram, in vitro, efeito antioxidante total e “scavenging” de radical
DPPH•-. O eeRo e a DCM apresentaram efeito antioxidante contra espécies reativas de oxigênio em fígado, estômago e
cérebro. O eeRO e a DCM protegeram amostras de fígado e cérebro contra a peroxidação lipídica induzida por
nitroprussiato de sódio. O eeRo e as DCM, EA and ButOH tiveram efeitos inibitórios sobre bactérias gram (+) e gram (-
). Contudo, o eeRo e a DCM tiveram as menores concentrações inibitórias. O eeRo, após um tratamento in vivo, protegeu
o estômago e o intestino contra a peroxidação lipídica e aumentou a atividade da catalase em ambos estômago e intestino.
O eeRo evitou a alteração nos níveis basais da Na+/K+-ATPase e aumentou a atividade da superóxido dismutase apenas
no intestino. Além disso, o eeRo reduziu a atividade da mieloperoxidase em estômago e intestino. Os resultados desta
tese sugerem que o eeRo, de modo geral, representa uma importante opção contra o estresse oxidativo in vitro, ex vivo e
na prevenção de lesões gastrointestinais com mecanismos associados a ação anti-inflamatória ou vasodilatora.
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