Avaliação da contaminação ambiental em um aterro sanitário de pequeno porte, sem utilização de geomembrana, na região noroeste do estado do Rio Grande do Sul
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2019-05-29Metadatos
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Os aterros sanitários, quando operados de maneira inadequada podem gerar contaminação do solo e das águas (superficiais e subterrâneas), principalmente, se houver a ausência do sistema de impermeabilização com geomembrana. Assim, esse estudo tem como objetivo analisar por meio de um estudo de caso, alterações no subsolo de um aterro sanitário sem utilização de geomembrana e propor alterações nas normas técnicas que possibilitam essa prática. Para isso, foram exploradas informações de qualidade da água dos poços de monitoramento existentes, o fluxo de água no solo através da potenciometria, as propriedades físicas do solo (condutividade hidráulica saturada e capacidade de campo), concentrações de elementos químicos pela técnica de fluorescência de raios-x, estimativa da geração de lixiviado pelo método do balanço hídrico e aplicou-se o método geofísico da eletrorresistividade para a identificação de uma zona de contaminação. Os resultados indicaram um solo, texturalmente, classificado como muito argiloso, apresentando uma baixa permeabilidade (4 x 10 -5 cm.s-1), com valores próximos ao estabelecido pelas normas técnicas e com a predominância de microporos (52,26 %). Os elementos químicos Cr, Co e Cd apresentaram concentrações acima do estabelecido para a região em estudo. A análise estatística indicou que esses elementos foram os mais semelhantes entre si, independente do ponto de amostragem e profundidade analisada. Os parâmetros de qualidade da água apresentaram alterações em suas características naturais, quando comparados com a Portaria de Consolidação 05/2017, principalmente as concentrações de nitratos e coliformes (totais e termotolerantes), coincidindo com a direção do fluxo subterrâneo. Os parâmetros microbiológicos mostraram maior contribuição relativa nos poços PM02 e PM03, indicando que não há similaridade entre as variáveis estudadas. Em relação ao parâmetro construtivo, a profundidade dos poços indicou maior contribuição na variabilidade das informações. O método geofísico indicou uma possível zona de contaminação, principalmente em direção as menores cotas topográficas, e nas proximidades da célula de operação do aterro sanitário e na direção ao fluxo subterrâneo, indicando uma dispersão e formação zonas de contaminação. As alterações ocorreram nas profundidades superficiais até 20 m. A estimativa da geração de lixiviado, indicou uma geração média mensal de 0,31 L.s-1 entre os anos de 2007 e 2017, o que pode estar relacionado com a percolação desse volume pela massa de solo até a zona vadosa. Com aplicação do índice de qualidade de aterros identificou-se, que as condições de operações foram adequadas, porém, com inconsistência pela presença de aves e na ausência de monitoramento geotécnico. Desse modo, pode-se concluir que na área avaliada, ocorreram alterações nos parâmetros de qualidade da água subterrânea, principalmente, nitratos e coliformes (totais e termotolerantes). As maiores alterações foram identificadas no sentido do fluxo subterrâneo (PM03), as quais foram identificadas também pelo método geofísico. A geração de lixiviado sem a proteção complementar pode interferir na qualidade do solo e das águas subterrâneas, mesmo o solo argiloso/caulinítico tendo apresentado baixa permeabilidade. Assim, mesmo a área apresentando as condições para dispensa de impermeabilização complementar contidas nas normativas, ocorreram alterações no meio físico, indicando revisões em seu conteúdo.
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