Sífilis Congênita em Santa Maria, RS: série histórica, perfil epidemiológico e georreferenciamento
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2018-08-27Metadatos
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INTRODUÇÃO: A sífilis congênita é o resultado da disseminação hematogênica do Treponema pallidum
da gestante infectada não-tratada ou inadequadamente tratada para o seu concepto, por via transplacentária.
em Santa Maria, os casos de sífilis congênita vem aumentando abruptamente nos últimos
anos.OBJETIVO:investigar a ocorrência de casos notificados de sífilis congênita no município de Santa
Maria entre os anos de 2007 a 2015. METODOLOGIA: Engloba três abordagens metodológicas: estudo
da tendência secular da sífilis congênita, descrição epidemiológica dos casos e georreferenciamento destes.
Os dados são secundários do SINAN e a amostra inclui todos os casos de sífilis congênita com residência
em Santa Maria no período. RESULTADOS: Foram notificados 204 casos, demonstrando crescimento
abrupto durante os 9 anos avaliados, passando de 0,33/mil nascidos vivos (um caso) em 2007, para
alarmantes 17,18/mil nascidos vivos em 2015 (63 casos), progredindo gradativamente ano a ano. A maioria
das notificações (n=168) foram feitas pelo Hospital Universitário de Santa Maria. A reincidência de filhos
com sífilis congênita para uma mesma mãe foi constatada. Apesar de 75% das mães terem feito pré-natal e
60% terem sido diagnosticadas para sífilis gestacional elas não foram devidamente tratadas, culminando em
sífilis congênita. Os casos são provenientes das zonas urbanas (69,3%) e periurbana (30,7%), não havendo
registro da rural. Metade da amostra tinha entre 15 e 24 anos, destacando-se que 21,9% eram adolescentes
(n=40). Dois terços declararam raça/cor branca, 21,1% parda e 10,7% preta. Cerca da metade (53%) tinham
ensino fundamental completo. Os casos eram sífilis congênita recente (91,6%), dois abortos e quatro
natimortos. Três casos foram descartados e não houve notificação de sífilis tardia. No georreferenciamento,
observou-se que não há uma concentração de casos em uma determinada área da cidade, ocorrendo em
todos os bairros e pontos colaterais, evidenciando que a sífilis congênita no município de Santa Maria não
está ligada a uma determinada área de vulnerabilidade. CONCLUSÃO: A situação da sífilis congênita em
Santa Maria é um grave problema de Saúde Coletiva, persistente e ascendente. O perfil epidemiológico dos
casos notificados são na maioria de mulheres brancas, de zona urbana, adolescentes e adultas jovens. Os
casos não estão concentrados em área de vulnerabilidade e ocorrem na maioria próximo a Unidades Básicas
de Saúde. Os dados disponíveis na vigilância epidemiológica são suficientes para subsidiar as ações da
coordenação da Atenção Básica do município para enfrentar o problema.
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