Treinamento intervalado de alta intensidade versus treinamento contínuo em pré-diabetes e diabetes tipo 2: revisão sistemática e meta-análise
Fecha
2017-06-30Metadatos
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No início do século XXI, 5,2% de todos os óbitos no mundo foram atribuídos ao diabetes mellitus (DM), apresentando-se como a quinta principal causa de morte. A prevalência de diabetes também tem aumentando no Brasil, sendo o país com o quarto maior número de indivíduos acometidos por essa doença. O exercício físico, reconhecido como importante ferramenta de prevenção, controle e tratamento de DM e suas complicações, está associado com um menor risco de morbidade e mortalidade nesses indivíduos. Recentemente, o treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT) tem sido uma alternativa ao treinamento contínuo de moderada intensidade (MICT) em diferentes populações, com adaptações fisiológicas similares ou superiores, mostrando-se uma estratégia tempo-eficiente, segura e com boa aceitação. Apesar dos estudos individuais apontarem maiores benefícios com a intervenção HIIT sobre alguns desfechos metabólicos e fisiológicos, meta-análises concluíram que HIIT versus MICT não apresentou diferença na resistência a insulina e glicose de jejum em indivíduos com diabetes mellitus tipo 2 (DM2). Desta forma, os efeitos superiores do HIIT ainda são controversos e inconclusivos sobre desfechos fisiológicos e metabólicos em indivíduos pré-diabéticos ou com DM2. Com o propósito de resumir e sintetizar evidências sobre a eficácia e os efeitos do HIIT versus MICT na capacidade funcional, variáveis fisiológicas, controle glicêmico, perfil lipídico e composição corporal em indivíduos pré-diabéticos e com DM2, o nosso estudo caracterizou-se como uma revisão sistemática e meta-análise conduzida conforme o PRISMA. A estratégia de busca foi realizada nas bases de dados PubMed (MEDLINE), EMBASE, PEDro, CENTRAL, Scopus, LILACS e Clinical Trials identificadas na literatura desde o início até julho de 2017. Dois revisores de forma independente selecionaram os estudos, extraíram os dados, avaliaram o risco de viés pela ferramenta da Cochrane e a evidência dos desfechos pela classificação de recomendação, desenvolvimento e avaliação (GRADE). Dos 818 artigos potencialmente relevantes, 7 estudos foram incluídos na revisão sistemática e 5 na meta-análise. Esta revisão incluiu 64 pacientes com pré-diabetes e 120 com DM2. A meta-análise evidenciou que o HIIT promoveu aumento significativo de 3,02 mL/kg/min do VO2máx (95% IC 1,42 a 4,61) comparado ao MICT em DM2. Nos demais desfechos avaliados, as duas modalidades de exercício induziram a efeitos semelhantes em pré-diabéticos e diabéticos. A maioria dos estudos apresentou incerto risco de viés, além de baixa e muito baixa qualidade de evidência para os desfechos pela GRADE. A partir dessa revisão, conclui-se que o HIIT tem potencial para ser utilizado como modalidade de treinamento em indivíduos pré-diabetes e com DM2, com efeitos similares ao MICT em desfechos cardiometabólicos e superiores sobre a capacidade funcional. PROSPERO CRD42016047151
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