Estrutura de pastagem natural e desempenho de vacas e novilhas em pastoreio rotativo
Resumo
A pecuária no Rio Grande do Sul é baseada principalmente em sistemas de produção
extensivos onde a base da alimentação de bovinos são as pastagens naturais. O presente
trabalho teve como objetivo avaliar a produção de forragem e o desempenho produtivo de
novilhas e vacas manejadas em pastagem natural sob o sistema de pastoreio rotativo com lotes
“ponta” e “rapador”. Os tratamentos foram dois intervalos de descanso entre pastejos, de 402
graus-dia e 252 graus-dia que priorizavam o crescimento de gramíneas dos grupos de
conservação e utilização de recursos, respectivamente. Foram utilizadas 24 novilhas testes
para constituírem o lote “ponta” e 24 vacas testes constituindo o lote “rapador”. A lotação
animal foi ajustada com novilhas reguladoras no lote “ponta” para o consumo de 70% de
lâminas foliares em uma massa de forragem acima de 1000 kg MS.ha-1. As variáveis
descritoras de estrutura da vegetação não apresentaram interação tratamento x período , a
altura média foi superior no tratamento 402 GD , massa de forragem total, massa de forragem
do estrato inferior densidade e % dos componentes estruturais foram semelhantes entre os
tratamentos. O ganho médio diário (GMD) das novilhas foi semelhante entre os intervalos de
descanso (P>0,05) com média de 0,222 kg.dia-1. O GMD das vacas também foi semelhante
entre os tratamentos (P>0,05), com média de 0,320 kg.dia-1. O ganho de peso corporal por
hectare foi superior no tratamento de menor intervalo de descanso, onde durante os 149 dias
de experimento houve um ganho de 117 kg. ha-1, enquanto no tratamento de maior intervalo o
ganho foi de 95 kg.ha-1. O sistema de pastoreio rotativo com lotes “ponta” e “rapador”
proporcionou desempenhos satisfatórios, demonstrando ser uma ferramenta útil na recria de
novilhas para acasalamento aos 24 meses e terminação de vacas de descarte.
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