Desenvolvimento e avaliação biológica de hidrogel contendo nanocápsulas de óleo de romã e silibinina para o tratamento de danos inflamatórios cutâneos causados pela radiação ultravioleta
Fecha
2017-07-26Metadatos
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A silibinina (SB) é um flavonoide extraído da planta Silybum marianum que tem sido estudado como ativo na proteção da pele frente a danos causados pelos raios ultravioletas. Sua limitada solubilidade e biodisponibilidade prejudicam seus efeitos biológicos em diversos tecidos. O óleo de romã (Punica granatum) é considerado um potente antioxidante natural. A nanotecnologia, no âmbito da aplicação tópica, tem proporcionado inúmeros benefícios, tais como: modulação da permeação/penetração/retenção de substâncias no tecido cutâneo e liberação sustentada. Dessa forma, esse trabalho, visou a desenvolver suspensões de nanocápsulas contendo óleo de romã como núcleo oleoso e SB como substância ativa (NCSB), avaliar sua capacidade antioxidante in vitro, verificar sua citotoxicidade em linhagens humanas, incorporar as suspensões em hidrogéis de goma gelana (HG-NCSB), avaliar seu efeito anti-inflamatório em um modelo de edema de orelha induzido por radiação UVB em camundongos e estudar a permeação da SB em pele humana. As nanocápsulas apresentaram tamanho médio de 160 nm, índice de polidispersão abaixo de 0,1, potencial zeta negativo, pH em torno de 5,6, teor de SB próximo ao valor teórico (1 mg/mL) e eficiência de encapsulação maior que 96%. Resultados semelhantes foram obtidos para a formulação sem SB (NCOR). Essas características se mantiveram ao longo de 30 dias de armazenamento à 4°C. As nanocápsulas controlaram a liberação da SB em pelo menos 10 vezes em comparação com a solução metanólica, seguindo cinética de primeira ordem. A capacidade antioxidante da SB nanoestruturada foi estatisticamente superior à forma livre. A viabilidade celular (pelo teste do MTT), os resultados de genotoxicidade e carbonilação proteica apontaram que NCSB e NCOR não foram tóxicas para monócitos e linfócitos humanos. NCSB e SB livre não causaram citotoxicidade nos queratinócitos, enquanto NCOR causou queda significativa na viabilidade. Os fibroblastos foram mais sensíveis à presença das formulações e dos compostos livres. Os hidrogéis apresentaram valores de pH adequados para aplicação cutânea (5,6-5,9) e teor de SB em torno de 1 mg/g. A liberação in vitro demonstrou que as nanocápsulas diminuem a retenção de SB na formulação semissólida. O experimento in vivo demonstrou que as formulações contendo os ativos livres ou nanoencapsulados foram eficazes na redução do edema da orelha de camundongos e infiltração de leucócitos em 24 horas. Em 48 horas, apenas os hidrogéis contendo NCSB, NCOR ou a mistura SBOR livres demonstraram efeito antiedemogênico, bem como o controle positivo (hidrogel com 1% de sulfadiazina de prata). Em 72 horas, o hidrogel contendo NCOR ainda apresentava uma pequena atividade. No experimento de permeação cutânea, o hidrogel contendo NCSB proporcionou maior retenção de SB na pele, especialmente no estrato córneo e epiderme, do que o semissólido contendo SB livre. Assim, pode-se concluir que as formulações desenvolvidas são promissoras no tratamento de danos cutâneos induzidos por UVB, modulam a distribuição cutânea da SB nas camadas de interesse, além de serem seguras para os queratinócitos e células mononucleadas sanguíneas, as quais são biomarcadores de toxicidade.
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