Padrões de distribuição temporal das precipitações intensas no Rio Grande do Sul
Fecha
2019-03-08Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Existem diversos métodos para a estimava da chuva de projeto sendo a abordagem mais
comum a redistribuição no tempo das parcelas obtidas a partir de relações de intensidadeduração-
frequência (IDF). Esta redistribuição pode seguir um padrão sintético ou crítico,
como sugere o método dos blocos alternados, ou se basear no comportamento real da
precipitação a partir de curvas adimensionais, como as propostas por Huff (1967). Os métodos
que simulam condições críticas geralmente são simples e versáteis, porém muitas
vezes resultam em vazões muito distintas das observadas em determinada bacia hidrográfica.
Neste sentido, as metodologias que se baseiam no comportamento real da precipitação
são mais vantajosas, o que é importante principalmente para projetos de estruturas
hidráulicas e mapeamento de áreas de inundação. Apesar da importância e relevância
da utilização de uma metodologia de estimativa de chuva de projeto bem ajustada as
características da precipitação local, não há um estudo detalhado e abrangente sobre a
distribuição temporal da precipitação do Rio Grande do Sul (RS). Isto seria muito importante
uma vez que esta é uma região fortemente afetada por eventos extremos que geram
uma constante necessidade de investimentos em infraestrutura para controle de cheias e
sistemas de alertas de inundação. Portanto, esta pesquisa teve como objetivo contribuir
para o entendimento da distribuição temporal das precipitações intensas do RS. Para isto,
o banco de dados horários disponível no estado foi sintetizado na forma de curvas adimensionais
de distribuição temporal da precipitação. Devido ao intervalo de amostragem
dos dados e a curta extensão das séries históricas foi preciso adaptar a metodologia de
elaboração proposta por Huff (1967). Para avaliar se os padrões de diferentes localidades
do RS eram semelhantes foram elaboradas curvas pontuais a partir dos dados de cada estação.
Já para investigar se os padrões do RS são semelhantes aos de outras localidades
do mundo, foram elaboradas curvas regionais que representam o comportamento médio
de todas as estações. Para conferir maior flexibilidade à estimativa de chuvas de projeto
a partir destas curvas adimensionais foi realizado o ajuste de uma distribuição teórica de
probabilidade. Análises de correlação entre as curvas pontuais indicaram que existe uma
forte tendência da distribuição temporal da precipitação ser semelhante em todo estado.
Ainda mais, a curva regional se mostrou semelhante as desenvolvidas para outras localidades
do mundo, indicando que diferentes regiões climáticas também podem apresentar
características de distribuição temporal da precipitação semelhantes. Por fim, as curvas
desenvolvidas em outros países a partir de dados com discretização sub-horária apresentaram
padrão semelhante as desenvolvidas neste trabalho indicando que, independente
do intervalo de amostragem dos dados a distribuição temporal da precipitação se mantém.
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