Avaliação do efeito da adição de raízes na erodibilidade de um solo arenoso
Fecha
2019-03-08Metadatos
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A prática de introduzir o uso de vegetação em obras de engenharia, há séculos, é utilizada para proteger e reforçar o solo e reduzir os processos erosivos. No entanto, grande parte dos estudos dedica-se a investigar a eficiência da vegetação acima do solo, poucos avaliam o impacto que as raízes apresentam no controle das taxas de erosão. A presença das fibras naturais (raízes) tende a aumentar a rugosidade superficial e a permeabilidade do solo, havendo aumento da infiltração da água, diminuição do escoamento superficial e do seu potencial erosivo. A combinação deste componente às obras civis denomina-se Engenharia Natural. Nesse sentido, a presente pesquisa tem como objetivo principal avaliar o efeito da presença de raízes na erodibilidade de um solo arenoso de origem aluvionar, localizado no distrito de Vale Vêneto, município de São João do Polêsine no estado do Rio Grande do Sul. Para atingir os objetivos propostos foram realizados ensaios de avaliação direta (Inderbitzen) e indireta da erodibilidade (cone de laboratório, desagregação, infiltrabilidade e perda de massa por imersão), com amostras indeformadas, remoldadas sem raízes e remoldadas com raízes em três taxas distintas (0,5%; 1,0% e 1,5%), oriundas da gramínea esmeralda (Zoysia japonica Steud). Foram também realizados ensaios de caracterização química, física e mineralógica do material em estudo. Os resultados obtidos por meio dos ensaios de cone de laboratório demonstraram que à medida que houve aumento do número de raízes nos corpos de prova, os valores de penetração nas amostras saturadas subiram. Já na condição de umidade natural, os corpos de prova se tornaram mais resistentes, diminuindo os valores de penetração. O ensaio de desagregação demonstrou grande susceptibilidade à erosão para as amostras remoldadas independente da taxa de raízes. Nos ensaios que compreendem a metodologia MCT, houve diminuição dos valores de perda de massa enquanto crescia a taxa de raízes. Para os valores de coeficiente de sorção a quantidade de raízes não foi fator de influência nas condições de umidade natural e pré-umedecida. A avaliação direta, feita através dos ensaios de Inderbitzen, confirmou que geralmente a perda de solo é tanto maior quanto maior for à inclinação da rampa e a vazão de ensaio. Ao comparar as amostras remoldadas sem raízes com as amostras remoldadas com 1,5% de raízes na condição de umidade natural, a taxa de erodibilidade apresentou um decréscimo de 38,99%. Na condição de umidade seca ao ar esse número chegou a 79,84%, sendo ainda mais expressivo na condição de umidade pré-úmida onde a taxa de erodibilidade atingiu uma queda de 90,44%.
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