A influência da amplificação sonora na queixa de zumbido de pacientes de um programa de saúde auditiva
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2017-07-07Metadatos
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INTRODUÇÃO: Com alta prevalência entre adultos e idosos, o zumbido é comumente associado à perda auditiva. Uma das possibilidades de intervenção recomendada nesses casos é o uso de próteses auditivas uma vez que podem trazer benefício para ambas as queixas. OBJETIVOS: Investigar a influência da amplificação sonora sobre a autopercepção e o grau de incômodo do zumbido, em pacientes com perda auditiva. Analisar e correlacionar os resultados obtidos, a partir do uso da amplificação sonora, com o tipo de molde auricular e as modificações acústicas ou com a adaptação com tubo fino e o tempo de uso das próteses auditivas. MÉTODO: O grupo amostral foi composto por 32 pacientes com idade entre 22 e 86 anos, queixa de zumbido constante e perda auditiva de diferentes perfis, sem experiência prévia com uso de amplificação sonora, iniciando o processo de seleção e adaptação de próteses auditivas. Investigou-se, antes da adaptação das próteses auditivas, a autopercepção do zumbido por meio de questionário específico elaborado pelas pesquisadoras, a fim de identificar as situações e a frequência com que foi percebido no cotidiano dos participantes. O grau de incômodo, por sua vez, foi identificado por meio de atribuição de nota em uma escala numérica de 0 a 10. Após 30 dias da adaptação das próteses auditivas com uso efetivo de no mínimo seis horas diárias, foram reaplicados os instrumentos para obtenção de novos parâmetros da queixa de zumbido. Após a conclusão da segunda etapa, compararam-se os resultados obtidos antes e após intervenção. Em seguida, foram analisados e comparados com os recursos utilizados na adaptação dos dispositivos, a fim de verificar a possibilidade de influência sobre a queixa de zumbido. RESULTADOS: na etapa pré-adaptação, verificou-se a ocorrência de interferência do zumbido em todas as atividades diárias em 12,5% dos participantes, assim como a prevalência da autopercepção em situações de silêncio, principalmente à noite para dormir, e grau severo de incômodo. Na etapa pós-adaptação, observou-se uma redução significante em todas as situações investigadas tanto na percepção do zumbido como no grau de incômodo. Averiguou-se que o grau de incômodo prevalente nesta etapa foi o leve, sendo que 9 pacientes referiram não apresentar mais incômodo com o zumbido. Em situações sem o uso das próteses auditivas, seis pacientes referiram não mais percebê-lo, e o restante, mencionou a existência da percepção principalmente à noite para dormir. Houve diferença significante na correlação entre os resultados obtidos da autopercepção e o incômodo com o zumbido. Entretanto, não foi verificada correlação significante entre a mudança do zumbido com os moldes, ventilação ou adaptação com tubo fino, e o tempo de uso dos dispositivos. CONCLUSÃO: O uso da amplificação sonora influenciou a percepção da queixa de zumbido em pacientes com perda auditiva, proporcionando redução da autopercepção e do grau de incômodo do zumbido, apesar de não ter sido constatada a influência do tipo de moldes e modificações acústicas, assim como do tempo de uso das próteses auditivas.
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