O extrato hidroetanólico de Tropaeolum majus L. favorece a cicatrização cutânea em ratos
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2017-08-25Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
A pele é o maior órgão do corpo humano. Diversas células, entre elas queratinócitos, células de
Langerhans, melanócitos, células de Merkel e fibroblastos, fazem parte dos tecidos da pele,
assegurando suas inúmeras funções. Dentre estas funções, a de barreira primária contra agente
agressores ambientais é a mais importante. Danos que levem a interrupção desta barreira
despertam respostas fisiológicas complexas visando restaurar esta função tão essencial em um
processo multifásico denominado cicatrização. A fase inflamatória da cicatrização é passível
de descontrole, aumentando o risco de atrasos no processo devido ao desequilíbrio lítico e
oxidativo e ao prolongamento da inflamação. Desta forma, a recuperação das defesas
fisiológicas pela introdução de agentes antioxidantes e anti-inflamatórios pode representar uma
medida importante para atingir a cura. Tropaeolum majus L. é uma planta originária dos Andes
Sul Americanos com inúmeros usos populares e reconhecida pela cultura tradicional por suas
propriedades anti-inflamatórias e cicatrizantes. Alguns desses usos já foram fundamentados
cientificamente. O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial cicatrizante do extrato de T.
majus. Neste trabalho 54 ratos Wistar machos sofreram processo cirúrgico para indução das
feridas cutâneas. As feridas foram tratadas diariamente com emulsão base (controle), emulsão
base acrescida de alantoína 1% (controle positivo) ou emulsão base acrescida de extrato
hidroetanólico (70%) seco de T. majus (1%). A eutanásia e remoção das feridas para análises
bioquímicas e morfológicas foi realizada 3, 7 e 14 dias após a cirurgia (dia 0). O extrato foi
submetido a análise fitoquímica para identificação dos componentes fenólicos majoritários. O
conteúdo total de compostos fenólicos e flavonoides e a atividade antioxidante do extrato
também foram determinados. A alantoína provou os resultados esperados como agente
cicatrizante. Porém o extrato de T. majus evidenciou resultados ainda melhores que o controle
positivo. O extrato melhorou parâmetros oxidativos da ferida, reduziu a inflamação, aumentou
o número de fibroblastos, a organização do tecido conjuntivo da derme e a deposição de
colágeno. T. majus também ofereceu benefícios a reepitelização. A análise do extrato
demonstrou a presença de dois compostos fenólicos majoritários, ácido clorogênico e rutina,
além de elevados níveis de compostos fenólicos totais e flavonoides associados a ótima
atividade antixidante. Conclui-se que extrato de T. majus apresentou excelente ação cicatrizante
a qual parece estar ligada aos composto fenólicos de sua composição, demonstrando possível
aplicação farmacêutica.
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