Dinâmica de Carapa guianensis aubl. em Floresta Amazônica submetida a tratamentos silviculturais
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2019-02-15Metadatos
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Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de tratamentos silviculturais na estrutura,
crescimento e dinâmica da comunidade e da população de Carapa guianensis Aubl., após 30 anos da
colheita da madeira, na Floresta Nacional do Tapajós, Pará, a fim de determinar o tratamento
silvicultural mais adequado ao crescimento da espécie. Em 1981 e 1983 foram estabelecidas de
forma aleatória 60 parcelas de 50 m x 50 m, subdivididas em 25 subparcelas de 10 m x 10 m, onde
foram mensurados todas as árvores com DAP > 5 cm. Em cada parcela de 50 m x 50 m foram
sorteadas cinco subparcelas, e no centro de cada uma dessas cinco, foi demarcada uma parcela de
5 m x 5 m, para a mensuração dos indivíduos com 2,5 cm < DAP < 5 cm (varas). Cada parcela de 5
m x 5 m foi dividida em quatro triângulos de 6,25 m2, dos quais um foi sorteado para a mensuração
das mudas (H > 30 cm, DAP < 2,5 cm). Foram estabelecidos quatro tratamentos de acordo com as
diferentes intensidades dos tratos silviculturais, além da área testemunha (T0- área não explorada;
T1- área explorada; T2- área explorada + refinamento de até 20%; T3- área explorada + refinamento
de até 40%; T4- área explorada + refinamento de até 60%). Foi investigado a diversidade florística,
fitossociologia, distribuição diamétrica e taxa de regeneração natural da floresta e de C. guianensis.
Foi feito, ainda, a cadeia probabilística de transição para C. guianensis. A florística revelou uma área
rica em termos de família, gênero e espécies. As espécies com maior valor de importância foram:
Rinorea guianensis Aubl., Protium apiculatum Swart e Rinorea riana Kuntze T1, T2, T3, T4,
apresentaram maior oscilação na densidade e espécies quando comparado a T0. A floresta levou em
média, 30 anos para recuperar a área basal inicial, enquanto C. guianensis não retomou a área basal
de antes da exploração. Entre os tratamentos aplicados, T2 foi o que apresentou os melhores
incrementos em área basal, tanto para a comunidade quanto para C. guianensis. Em todos os
tratamentos a mortalidade foi superior ao ingresso a exceção de T4. A maior parte das árvores,
independente do tratamento, apresentaram maior probabilidade de permanecerem na mesma classe
diamétrica, com as probabilidades de mortalidade maiores nas pequenas e médias classes de
diâmetro. Os modelos gerados, por meio da cadeia de Markov, permitem a realização de estimativas
com valores próximos aos observados, apesar de não mostrar eficiência quanto à disposição das
árvores nas diferentes classes diamétricas. As mudas foram mais sensíveis as mudanças
ocasionadas pela abertura feita pela exploração florestal acompanhada do refinamento, no entanto as
varas mostraram um menor número de indivíduos. É necessário a intervenção silvicultural, por meio
de enriquecimento e/ou transplantio de indivíduos jovens além do beneficiamento dos que já estão
presentes na área, a fim de garantir a resiliência da C. guianensis e de outras espécies consideradas
como comerciais.
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