Estudo da incontinência urinária de esforço e incontinência urinária de urgência em idosas na comunidade
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2019-08-26Metadatos
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A incontinência urinária é caracterizada pela perda involuntária de urina e embora não seja
inerente ao envelhecimento, acomete principalmente as mulheres com mais de 65 anos. Suas
consequências podem gerar depressão, isolamento social e outros fatores que interferem
diretamente a qualidade de vida de quem é acometido. Quando se fala em questionários para
incontinência urinária a maioria relata o impacto que ela promove na vida das pessoas, porém,
pouco ainda se fala sobre métodos de rastreamento para que haja uma intervenção antes de os
sintomas se agravarem. OBJETIVOS: Analisar a presença de incontinência urinária de
esforço e incontinência urinária de urgência aplicando o instrumento de diagnóstico
diferencial Gaudenz-Fragebogen em idosas residentes na comunidade. MÉTODOS: Trata-se
de um estudo transversal, analítico, probabilístico, vinculado à pesquisa institucional
“Atenção Integral à Saúde do Idoso”. Para a obtenção das variáveis de interesse será utilizado
uma entrevista estruturada, elaborada pelos pesquisadores que abordará o perfil sócio
demográfico e as condições clínicas de saúde e o Instrumento Gaudenz-Fragebogen. O
protocolo de pesquisa foi aplicado no espaço domiciliar. Os dados obtidos foram compilados
e analisados por meio do Software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) (versão
22.0). RESULTADOS: A amostra final desse estudo foi de 86 mulheres com média de idade
de 73,72±8,3 (IC 95% 71,9 – 75,5) com idade mínima 62 e máxima 95 anos. Observou-se que
mais da metade das idosas referiram perda de urina de forma involuntária, sendo esta mais
prevalente em situações de esforço em igual proporção, em situação de urgência. Mais de um
terço das idosas vivenciam essa situação a menos de 10 anos; e essa situação tornou-se um
problema quando iniciaram as perdas. Em torno de um quarto da amostra quantifica que os
escapes de urina ocorram de uma a quatro vezes. Das idosas que apresentam problemas
miccionais, em torno de 30% utilizam algum tipo de proteção para evitar acidentes; a maior
parte utiliza ocasionalmente; e essa situação para as idosas não é motivo de afastamento
social. Quando questionadas se era mais difícil controlar a urina ao tossir, se esforçar, espirrar
ou rir, a maioria das respondeu de forma afirmativa; sendo o ato de tossir o mais relatado na
dificuldade. Quase 30% das idosas relatam perda quando correm, pulam ou caminham. E um
percentual inferior a 20% relatou que a perda de urina piora se ficar sentada ou parada.
Quando questionadas quanto ao conhecimento se há algo que se possa fazer para reduzir ou
evitar acidentes 22,7% das idosas responderam que “sim”. Contudo um percentual de 22,1%
respondeu que não conhecia formas de reduzir ou evitar perdas de urina; Quando
questionadas sobre tratamentos para incontinência urinária 18,6% das idosas relataram já
terem sido tratadas para esta condição anteriormente; dessas 8,1% relataram ter tido sucesso.
Foi perguntado sobre a utilização de exercícios para o fortalecimento do assoalho pélvico
como medida de tratamento somente 10,5% relataram que sim. Das idosas que responderam
que já haviam tentado realizar os exercícios 5,8% responderam que obtiveram sucesso. Das
entrevistadas 79,1% nunca realizaram uma cirurgia ginecológica; das que realizaram 6% foi
para correção do prolapso genital, e 5,9% histerectomia. Com a aplicação do Instrumento
Gaudenz Fragebogen a maior parte das idosas foi classificada com IUE. CONCLUSÕES: O
Instrumento Gaudenz-Fragebogen apresentou limitações, pois apenas classifica a
incontinência urinária entre de esforço ou urgência não classificando também a incontinência
urinária mista, deixando assim um grande número de mulheres encontradas neste estudo sem
classificação, é necessário mais estudos com este questionário.
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