Racionalidades pedagógicas na música em cursos de pedagogia: um estudo no Rio Grande do Sul
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2019-08-07Metadatos
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A pesquisa de tese foi realizada no âmbito do Programa de Pós-Graduação em
Educação da Universidade Federal de Santa Maria, na linha de pesquisa Educação e
Artes e está vinculada ao grupo de pesquisa FAPEM: Formação, Ação e Pesquisa em
Educação Musical. Teve como objetivo geral compreender racionalidades
pedagógicas da Música em cursos de Pedagogia do Rio Grande do Sul a partir de
narrativas de formadores que atuam em disciplinas de Artes e/ou Música, nestes
cursos. Especificamente, buscou-se conhecer a formação e trajetórias de vida desses
sujeitos, identificar quais conhecimentos/conteúdos/experiências e metodologias são
desenvolvidos, por que eles os elegem e apreender sentidos que os formadores
atribuem à Música. O referencial teórico que fundamentou a pesquisa foi construído a
partir dos estudos sobre o Pensamento do Professor (CLARK; PETERSON, 1984;
NÓVOA, 1992; PACHECO, 1995; GARCIA, 1995; PEREZ-GOMES, 1998 e, na
Educação Musical, BEINEKE, 2000; DEL BEN, 2001; LOURO, 2004, SOUZA, 2010),
que ao considerarem o professor um profissional reflexivo (SCHÖN, 2000; DEWEY,
1910; Zeichner, 2008) mobilizador de saberes (GAUTHIER, 1998; TARDIF;
LESSARD; LAHAYE, 1991; SCHULMAN, 1987), motivaram o conceito de
racionalidade pedagógica (CARVALHO, 2007), entendida a partir das razões
pedagógicas do professor formador. Para compreender tais racionalidades, que se
constituem nos sentidos e significados (VUGOTSKY, 2009) construídos pelos sujeitos,
foi realizada a Análise por Núcleos de Significação (AGUIAR; OZELLA, 2003; 2006;
2016). Concluiu-se que as racionalidades pedagógicas na Música nos cursos de
Pedagogia têm potencializado movimentos da educação musical na Pedagogia a
partir das seguintes significações: a) Música enquanto sons; b) Música enquanto
linguagem; c) Música enquanto atividades escolares; d) Música enquanto expressão
criadora. Contudo, estas racionalidades são singulares e híbridas (CANCLINI, 2012)
no sentido de que os formadores corroboram e divergem, ao mesmo tempo, sobre
modos de ser da Música na formação do professor de referência, a partir de quadros
de referência (DEL BEN, 2001; CARVALHO, 2007) construídos nas experiências
pessoais-acadêmicas-profissionais destes formadores.
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