As doenças psicossociais: uma análise a partir da influência do ambiente laboral frente aos novos desafios da precarização estrutural do trabalho
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2019-08-22Metadatos
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A pesquisa busca compreender as doenças psicossociais, que acometem a classe trabalhadora na esfera do capitalismo no Brasil, haja vista que, cada vez mais, os trabalhadores precisam manter uma postura de doação integral ao labor, ocasionando a “captura de sua subjetividade”, frente ao mercado, excessivamente consumista e lucrativo. Aliás, desde os primórdios a exploração da força de trabalho é latente, pois a finalidade do capitalismo sempre foi gerar lucro a uma minoria, controladora dos meios de produção. Logo, a partir dos ensinamentos de Karl Marx sobre a exploração do trabalhador e a forma como a classe trabalhadora é percebida, em face da crise estrutural do capitalismo, avaliamos a alienação contemporânea, já que o trabalho assalariado é responsável pelas “fetichizações” desta classe, tornando o trabalhador alienado, estranhado e objetivado. O conceito de “fetichismo” é inseparável da resposta para a pergunta: “em que circunstâncias os trabalhadores aceitam o processo que os explora e coisifica a sua atividade?” A explicação para tal se dá a partir do processo de alienação que ocorre no mundo do trabalho e constitui, portanto, a essência da crítica ao capitalismo, enquanto sistema econômico e social. A revisão bibliográfica empregou doutrina, legislação e estatísticas, por meio do método dedutivo e procedimento monográfico, utilizando técnicas de fichamentos e resumos. O primeiro capítulo aborda a precarização do trabalhador e a sua subjetividade, a contar das lutas de classe ocorridas no período pós-revolução industrial, que deram início a substituição do trabalho artesanal pelo assalariado e a introdução de maquinários, resultando em acidentes e adoecimentos. O segundo capítulo refere-se as novas formas de exploração da classe trabalhadora e como o trabalho deixou de gerar felicidade, passando a ocasionar sofrimento. Dejours irá tratar da psicodinâmica do trabalho para abordar a relação entre trabalho e saúde, a fim de analisar o trabalhador desde a relação com a sua realidade laboral e os seus modos de agir. O terceiro capítulo traz o reflexo de todas as transformações dos modos de produção e a relação do sujeito com o seu trabalho e como a flexibilização, a perda de autonomia e a especialização de certos setores levaram à alienação do trabalhador, tornando os ambientes laborais adoecedores, uma vez que as empresas têm reduzido o convívio laboral a um “palco de competitividade”, dado que o lucro desmedido reduz o trabalhador a mero instrumento de mão de obra, ocasionando o isolamento e à desolação dos sujeitos e a insustentabilidade social do trabalho a longo prazo. Assim, no Brasil, a “Reforma Trabalhista”, que flexibilizou demasiadamente as relações laborais, também contribuirá muito para o aumento das doenças mentais. Portanto, mais do que nunca o Direito, como um instrumento fiscalizatório, deve se sobrepor não só no sentido de indenizar os trabalhadores lesados, mas também para atuar na prevenção de violações, por meio de políticas públicas e da conscientização da população sobre a seriedade das doenças psicossociais relacionadas ao ambiente de trabalho, para que se possa preveni-las, mas também responsabilizar àqueles que contribuem para o surgimento destas patologias.
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