Novos espécimes de Arcossauromorfos (Sauria: archosauromorpha) do Triássico inferior da América do Sul e suas implicações filogenéticas
Resumo
Archosauromorpha é definido como o clado que compreende todos os diápsidos mais intimamente relacionados com a linhagem de aves (Ornithodira) e crocodilianos (Pseudosuchia) do que com lepidossauros. A presente dissertação tem como objetivo principal descrever novos espécimes de arcossauromorfos basais descobertos em rochas do início do período Triássico do Rio Grande do Sul, Brasil. Esses materiais foram recuperados em diferentes localidades pertencentes à Formação Sanga do Cabral. Os espécimes são representados por vértebras cervicais isoladas (UFRGS-PV-492-T, UFRGS-PV-647-T e UNIPAMPA 733) pertencentes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) e por um membro posterior com vértebras e elementos da cintura (UFSM 11471), atribuído a uma nova espécie cedido pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). A análise filogenética, reforçada por comparações anatômicas, permitiu a atribuição dos novos espécimes a formas relacionadas ao clado Tanystropheidae, arcossauromorfos basais com distribuição entre o Triássico Inferior e Superior da Ásia, Europa e América do Norte. Juntamente com outros tetrápodes já relatados para a Formação Sanga do Cabral, este registro aumenta o conhecimento da diversificação biótica durante o início do Triássico e concorda com prévias interpretações em que os tanistrofeídeos tiveram sua origem em uma área central da Pangeia, possivelmente na porção sudoeste do Gondwana e que seus ancestrais apresentavam hábito possivelmente terrestre. Estes novos materiais contribuem para com o conhecimento sobre a diversificação de Archosauromorpha após a extinção do Permo-Triássica.
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