Cuidado, frágil: um processo criativo de dança e diferenças
Abstract
Esta pesquisa estuda maneiras de criar dança com bailarinos com e sem deficiências
para que atuem como protagonistas de suas próprias criações. Para isso, se utiliza de
uma metodologia mista: auto-etnográfica e etnográfica, a partir de diários de bordo e
registros fílmicos e de áudio. O trabalho aqui discutido apresenta, primeiramente,
aspectos históricos importantes referentes à dança e deficiência e, posteriormente,
reflexões sobre a obra Cuidado, frágil. As cenas foram desenvolvidas a partir dos
procedimentos e de discussões acerca deles, ao final de cada ensaio, que geravam
outros procedimentos. A obra propõe a discussão de como as pessoas se veem e são
vistas, de como são rotuladas e segregadas. Ao final, este trabalho conclui que as
pessoas com deficiência podem ser protagonistas de suas obras e autônomas em
suas criações. Do mesmo modo, o trabalho foi uma oportunidade de revermos nossos
modos de dançar e de criar danças. No que tange à docência em dança, foi
importante também para compreender exclusões diversas que não eram percebidas
se houvesse a convivência e o relato destas pessoas ao longo do período da pesquisa.
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