Distúrbios psíquicos menores em estudantes universitários da área da saúde
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2017-12-14Metadatos
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Os distúrbios psíquicos menores indicam sofrimento psíquico. Na área da saúde, podem se tornar presentes desde a graduação, uma vez que, a mesma é permeada de estressores. Ao iniciar as atividades inerentes à assistência à saúde, o estudante depara-se com as limitações do seu conhecimento, bem como, com o medo do novo e os primeiros contatos com as situações de doença e morte. Diante disso, objetivou-se estimar a prevalência e identificar os fatores associados aos distúrbios psíquicos menores em estudantes universitários da área saúde. Trata-se de uma pesquisa transversal, desenvolvida com 792 estudantes de uma instituição de ensino superior do Rio Grande do Sul, matriculados em sete cursos: Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Medicina, Odontologia e Terapia Ocupacional. A coleta de dados ocorreu entre os meses de Abril a Julho de 2017, após apreciação do projeto pelo Comitê de ética em pesquisa da instituição e autorização da direção de Unidade universitária. Utilizou-se um questionário com questões sociodemográficas, acadêmicas e de hábitos de saúde, e a versão brasileira do Self Reporting Questionnaire – 20 para avaliação dos distúrbios psíquicos menores. Para análise dos dados utilizou-se estatística descritiva, por meio da distribuição de frequências e medidas de posição e dispersão e, analítica, com o teste do Qui-quadrado e regressão de Poisson, sendo consideradas significativas as associações com p<0,05. Dos participantes, predominaram os do sexo feminino (74,6%), com faixa etária entre 18 e 20 anos (42,4%) e que estavam entre o 3º e 6º semestre de seu curso (43,1%), sendo a maioria do curso de medicina (24,2%). A prevalência de distúrbios psíquicos menores foi de 55,4%, ao modo que, os sintomas de nervosismo/tensão/preocupação, foram os assinalados em maior frequência (84,5%). Ainda, o curso com maior prevalência, foi o de fonoaudiologia (85,7%). Identificou-se como fatores associados: ser do sexo feminino, estar cursando enfermagem, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia ou terapia ocupacional, não praticar ou praticar às vezes atividade física, ser tabagista ou fazer uso às vezes do tabaco, não ter tempo para lazer ou tê-lo às vezes e possuir doença com diagnóstico médico. Evidencia-se que a saúde psíquica destes estudantes, necessita de urgente cuidado, seja pela oferta de assistência à saúde psíquica, ou por meio de atividades promotoras da saúde mental. Destaca-se que os achados deste estudo, constituem-se em importantes subsídios a formulação de estratégias de prevenção do adoecimento psíquico na graduação, bem como, contribuirão com o desenvolvimento de novas pesquisas acerca da temática.
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