Potencial evocado auditivo Mismatch negativity em crianças com desenvolvimento típico

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Data
2019-08-23Primeiro membro da banca
Garcia, Michele Vargas
Segundo membro da banca
Sleifer, Pricila
Metadata
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Objetivo: Analisar a influência das variáveis orelha, gênero e idade no Mismatch Negativy em crianças com desenvolvimento típico. Além disso, comparar as diferentes medidas desse potencial utilizando estímulos não verbais e verbais na amostra estudada, fornecendo, assim, valores de referência. Métodos: Estudo do tipo observacional, descritivo, transversal e quantitativo. Participaram deste estudo 23 crianças, 13 do gênero feminino e dez do gênero masculino, com idades entre cinco anos e 11 anos e 11 meses, subdividas em dois grupos: o primeiro grupo foi constituído por crianças na faixa etária de cinco anos a sete anos e 11 meses; o segundo grupo com crianças de oito anos a 11 anos e 11 meses. Para compor a amostra, as crianças foram submetidas aos seguintes procedimentos: anamnese, inspeção visual do meato acústico externo, avaliação não instrumental de linguagem, audiometria tonal limiar, logoaudiometria, rastreio de processamento auditivo central, Scale of Auditory Behavior e Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico – protocolo neurológico. Por fim, elas foram avaliadas com o Mismatch Negativity, utilizando o equipamento Smart Ep da Intelligent Hearing Systems® (IHS). Esse potencial foi eliciado por meio do paradigma oddball em intensidade de 60 dBnHL, utilizando estímulos não verbais (750 Hz estímulo frequente e 1000 Hz estímulo raro) e estímulos verbais ([da] estímulo frequente e [ta] estímulo raro), apresentados via fones de inserção de modo binaural. Para a análise dos dados, utilizou-se o teste estatístico teste T de Student. Resultados: Todas as crianças da amostra apresentaram respostas para tal potencial. Não houve diferença estatisticamente significante para as variáveis orelha, gênero e idade. Na comparação entre os estímulos, observou-se diferença estatisticamente significante para as variáveis latência, duração e área, evidenciando valores mais elevados para o estímulo verbal. Os valores de referência estabelecidos para estímulos não verbais foram: latência de 249,8 ms, amplitude de -2,28 μv, duração 82,97 ms e área de 137, 3 msXμv. Enquanto para estímulos verbais, foram: latência 265,3 ms, amplitude de -2,82 μv, duração de 110,5 ms e área de 225,5 msXμv. Conclusão: Não houve diferença significativa entre as variáveis, orelha, gênero e idade para ambos os estímulos pesquisados. Na comparação entre os estímulos, observaram-se maiores valores de latência, duração e área do Mismatch Negativity quando utilizados estímulos verbais. Foi possível propor valores de referência para crianças com desenvolvimento típico com idades entre cinco anos e 11 anos e 11 meses.
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