Perfil clínico e ecocardiográfico de 60 cães atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Santa Maria
Abstract
O ecocardiograma tornou-se um exame muito importante para a cardiologia
veterinária. Por seu intermédio, é possível avaliar estruturas, tamanho, função e
hemodinâmica do coração e dos grandes vasos, constituindo, portanto, uma técnica
de grande valia para o diagnóstico de doenças cardiovasculares em animais. Além
disso, permite acompanhar a regressão, a estabilidade ou o agravamento de
alterações cardíacas. Diante disso, o objetivo deste trabalho consiste em analisar o
perfil clínico e ecocardiográfico de cães atendidos no Hospital Veterinário
Universitário da Universidade Federal de Santa Maria quanto à prevalência das
doenças cardiovasculares diagnosticadas por meio do exame ecocardiográfico, bem
como descrever os sinais clínicos apresentados. Para isso, foi realizada uma análise
retrospectiva sobre o perfil clínico e ecocardiográfico de 60 cães atendidos no
Hospital Veterinário de Santa Maria no período de maio de 2016 a novembro de
2019. Como fonte de dados, foram utilizados os prontuários dos pacientes caninos
registrados no sistema digital do hospital. Fizeram parte do estudo cães que
realizaram o ecocardiograma e apresentaram alterações clínicas compatíveis com
doença cardiovascular e cães sintomáticos ou não que passaram por procedimento
cirúrgico, independentemente da idade, e foram submetidos ao ecocardiograma. Os
animais foram catalogados e classificados conforme raça, idade, sexo, peso, porte,
faixa etária, principais sinais clínicos, alterações morfológicas cardíacas e doenças
cardiovasculares identificadas no exame. Do total de 60 cães que integraram o
estudo, 61,66% eram fêmeas, e 38,33%, machos; 73,33% eram de raça definida, e
26,66%, sem raça definida. Identificou-se, também, que a faixa etária de maior
prevalência foi oito anos ou mais e que os cães de porte médio apresentaram maior
prevalência de doenças cardiovasculares. Além disso, a endocardiose das valvas
mitral e tricúspide foi mais frequente tanto em cães sem raça definida quanto cães
com raça definida, seguida do acometimento da valva tricúspide de forma isolada.
Quanto ao remodelamento cardíaco, cães sem raça definida apresentaram maior
casuística de remodelamento em comparação aos de raça definida.
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