Sensibilidade oral, faríngea e laríngea em indivíduos com a doença pulmonar obstrutiva crônica
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Fecha
2019-07-26Primeiro coorientador
Steele, Catriona Margaret
Primeiro membro da banca
Bolzan, Geovana de Paula
Segundo membro da banca
Albuquerque, Isabella Martins de
Terceiro membro da banca
Rosito, Letícia Petersen Schmidt
Quarto membro da banca
Almeida, Sheila Tamanini de
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Indivíduos com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) fazem uso de medicação inalatória para controlar os sintomas da doença e prevenir episódios de exacerbação. Somado a isto, são frequentemente acometidos por comorbidades, como a Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE). Tanto o uso de medicação inalatória quanto a DRGE podem comprometer a sensibilidade em cavidade oral, faringea e laringea, no entanto pouco tem sido estudado sobre o assunto. O prejuízo na sensibilidade pode influenciar negativamente a segurança e eficácia da deglutição. Objetivo: descrever e relacionar os achados da avaliação clínica e endoscópica da sensibilidade oral, faríngea e laríngea entre indivíduos saudáveis e com DPOC. Método: Foram avaliados 27 indivíduos com DPOC (%VEF1/CVF 55,42±9,77 e %VEF1 médio 47,02±17,75), sendo 18 homens (66,67%), com idade média de 66.56±8.68 anos; e 11 indivíduos como grupo controle (%VEF1/CVF 79,45 ± 5,15), sendo 5 homens (45,45%), com idade média de 60.09 ± 11.57 anos. Todos os indivíduos foram submetidos a anamnese, avaliação clínica da sensibilidade oral e orofaríngea e avaliação endoscópica da sensibilidade faríngea e laríngea. Para identificação de sinais de refluxo laringofaríngeo foi utilizado o protocolo Reflux Finding Score. Os dados foram analisados inicialmente de forma descritiva. Na análise das variáveis nominais foram utilizados o teste Exato de Fisher e o Qui-Quadrado. Para as variáveis escalares, inicialmente verificou-se a normalidade dos dados através do teste de Shapiro Wilk, sendo utilizado o teste t independente para dados normais, ou no caso de dados não normais foi utilizado o teste de Mann-Whitney. Para analisar a concordância entre os avaliadores das análises das imagens da avaliação sensorial endoscópica foi aplicado o teste Kappa. As diferenças foram consideradas significativas quando os resultados apresentaram valores-p < 0,05. Resultados: foi encontrada significante associação quando comparados os grupos DPOC e controle, quanto ao uso de medicação inalatória (p< 0,001), queixa de xerostomia (p=0,003) e comprometimento da sensibilidade térmica em cavidade oral (p=0,009) e comprometimento da sensibilidade laríngea (p=0,047). Houve também relação entre a piora na sensibilidade gustativa e a idade (p=0,018) em indivíduos com DPOC. Os achados da pesquisa também mostraram relação significativa entre o comprometimento da sensibilidade orofaríngea e a presença de estase salivar em recessos piriformes (p=0,012) e em recessos faríngeos (p=0,018). Conclusão: Indivíduos com DPOC apresentaram comprometimento na sensibilidade térmica na cavidade oral, bem como, na sensibilidade laríngea quando comparados com os controles. A presença de estase em recessos piriformes e faríngeos está relacionada com o prejuízo na sensibilidade orofaríngea. O grau da DPOC, a carga tabágica e a presença de sinais de refluxo laringofaríngeo não influenciaram no comprometimento da sensibilidade oral, faríngea e laríngea na população estudada. Sugere-se para futuras pesquisas sobre sensibilidade na DPOC que sejam realizadas em um grupo maior de indivíduos, para poder separar as diferentes variáveis que possam influenciar a sensibilidade oral, faríngea e laríngea desta população (uso de medicação inalatória, DRGE), e que sejam utilizados testes sensoriais objetivos.
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