Vi/ver o corpo: velar/desvelar/revelar
Resumo
Esta pesquisa situa-se no âmbito da Arte e Tecnologia e tem como objetivo a realização de um trabalho poético em fotografia e Realidade Aumentada que traz o corpo, meu corpo, como objeto de estudo. A partir deste objeto de estudo questiono a diversidade e os preconceitos, os modelos estéticos corporais na sociedade tecnológica, onde a imagem tornou-se o meio ideal de visibilidade e comunicação entre os indivíduos, pensando que tudo que envolve o corpo é questão de imagem, que a fotografia questiona o que ela revela, no caso, o corpo e a problemática que ele encerra. O corpo, nosso corpo se constrói a partir do olhar do outro, portanto ele é alvo de inúmeras considerações que trabalham o imaginário. A fotografia como poética sustenta as questões relativas ao corpo, pois ela conjuga a exterioridade. A materialidade de que ela revela induz o que se encontra fora de seu espaço de representação. A relação com os conceitos Velar/Desvelar/Revelar explicita a pertinência que os mesmos têm nessa pesquisa, tendo em vista que aborda não somente a feitura do objeto poético como também o que se vê, como sustentação do discurso poético da investigação. Para tal, tem como diretrizes teóricas e conceituais os estudos de autores como David Le Breton, Lúcia Santaella, Edmond Couchot, Vilém Flusser, Marcel Mauss, André Rouillé, entre outros que, igualmente, são de importância na fundamentação da proposta poética. Como referência visual e temática, aproxima-se, principalmente, da poética de Fernanda Magalhães e de Jenny Saville, contribuindo com as reflexões na arte contemporânea em relação ao corpo.
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