Análise fitoquímica e avaliação do potencial biológico das folhas de Plinia peruviana (POIR.) Govaerts
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Data
2019-12-13Primeiro coorientador
Silva, Chana de Medeiros da
Primeiro membro da banca
Silva, Carine Viana
Segundo membro da banca
Lopes, Gilberti Helena Hübscher
Terceiro membro da banca
Rhoden, Cristiano Rodrigo Bohn
Quarto membro da banca
Valim, Andréia Rosane de Moura
Metadata
Mostrar registro completoResumo
As plantas medicinais apresentam metabólitos relacionados a diferentes atividades biológicas. Dentre estes, destacam-se os polifenóis, substâncias com alta capacidade antioxidante, antibacterianas, cardioprotetoras, anti-inflamatórias, além de promissores candidatos a agentes anticancerígenos. Plinia Peruviana (Poir.) Govaerts, popularmente conhecida como jabuticabeira, é difundida no Brasil, Argentina e Paraguai. Seus frutos são utilizados como alimento, e quase todas as partes desta espécie são utilizadas na medicina tradicional brasileira no tratamento de irritações da pele, gripe, diarreia, labirintite, problemas geniturinários, asma e até o momento não existem estudos biológicos relacionados às folhas desta espécie. Assim, o objetivo deste estudo foi determinar o perfil fitoquímico das folhas de P. peruviana, a atividade antioxidante, antiproliferativa e hepatoprotetora. A quantidade de polifenóis do extrato liofilizado foi 944 ± 0.0856 mg de equivalentes ácido gálico (EAG) por g, além disso, o conteúdo total de flavonoides foi de 531.8 ± 0.0040 mg de equivalentes de rutina (ER) por g de extrato. Em análise por cromatografia líquida de alta eficiência com detector de arranjo de diodos (CLAE-DAD), observou-se a presença de ácido gálico, catequina, epicatequina e rutina. Em relação à atividade antioxidante, obtivemos um valor de 1941.1 ± 717.65 µM de equivalentes Trolox (ET) por g de extrato. Com base na alta capacidade antioxidante, obtivemos no ensaio antiproliferativo contra linhagens de células tumorais, valores de IC50 de 263.88 e 462.77 µg / mL (HeLa e MCF-7 respectivamente). No ensaio hepatoprotetor in vivo, trinta ratos machos, pesando de 200 - 250 g, foram divididos em 5 grupos: grupo 1 (controle), grupo 2 (controle tetracloreto de carbono - CCl4), grupo 3 tratado com 100 mg / kg de silimarina e grupos 4 e 5 com extrato de P. peruviana (50 mg / kg e 100 mg / kg respectivamente), via oral por um período de 14 dias, seguido de indução de lesão hepática com 10 mL / kg de CCl4. Os perfis bioquímicos clínicos, determinação da defesa antioxidante e exame histopatológico foram avaliados após o tratamento. Uma diminuição dos níveis de alanina aminotransferase (ALT) e fosfatase alcalina (FA) foi mais pronunciada em animais administrados com 50 mg / kg do extrato de P. peruviana. Comparando-se o grupo induzido com o grupo tratamento com silimarina, não foi observada redução estatística na atividade da adenosina deaminase (ADA) hepática. Por outro lado, no fígado homogeneizado, os grupos P. peruviana 50 mg / kg e 100 mg / kg foram capazes de reduzir a atividade da ADA hepática em 15.26 % e 22.99 %, respectivamente. A concentração de 50 mg / kg de extrato, assim como o padrão silimarina foram capazes de diminuir os sinais de necrose induzida por CCl4. Portanto, os flavonoides presentes no extrato podem ser responsáveis por sua capacidade antiproliferativa em linhagens de células tumorais e hepatoprotetora contra a toxicidade induzida por CCl4.
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