Atividade in vitro de Pleurotus ostreatus, Pleurotus florida e Pleurotus djamor em ovos de ciatostomíneos de equinos
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Data
2020-03-05Primeiro membro da banca
Baldissera, Matheus Dellaméa
Segundo membro da banca
Ourique, Aline Ferreira
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O Brasil possui o terceiro maior rebanho de equinos do mundo, contando com 5 milhões de cabeça, gerando aproximadamente 7,5 bilhões por ano e consequentemente empregos diretos. Por esse motivo é importante manter a saúde e bem estar desses animais. No entanto, as doenças parasitárias em equinos atrasam seu desenvolvimento podendo levar o animal a óbito, ocasionando sérias perdas econômicas. A resistência antihelmíntica instalada em diversos rebanhos é um sério problema na medicina veterinária, uma vez que os tratamentos antiparasitários não surtem efeito esperado nessas infecções ou causam alta toxidade no animal. O gênero Pleurotus, é um fungo conhecido mundialmente como shimeji, um cogumelo comestível que possui mais de 1000 espécies descritas. Sabe-se que esse fungo é capaz de produzir compostos bioativos que auxiliam no combate a patologias e melhoram o bem estar de pessoas, além de ser considerado um fungo nematófago capaz de produzir toxinas eficazes no controle de diversos parasitos. O objetivo deste estudo foi avaliar a atividade de três espécies de Pleurotus in vitro sobre ovos de ciatostomíneos de equinos naturalmente infectados. Para esse experimento, foram realizados extratos aquosos das espécies Pleurotus ostreatus, Pleurotus florida e Pleurotus djamor. Os ovos de ciatostomíneos foram recuperados e incubados (27º C) juntamente com os extratos, nas concentrações crescentes de 0,62%, 1,25%, 2,5%, 5%, 10%. O grupo controle negativo foi realizado somente com água destilada. A leitura foi realizada após 48h em microscópio invertido. Todas as concentrações apresentaram efeitos na eclodibilidade. Observou-se que o P. florida foi mais efetivo que os demais Pleurotus, inibindo a eclodibilidade em até 92,19% na maior concentração (10%), com CL50 de 2,13% (±0,12), já a inibição do P. ostreatus foi de 55,46%, com CL50 7,44% (±0,09), enquanto o P. djamor 23,67% na mesma concentração. A utilização desse fungo em ovos de ciatostomíneos in vitro demonstrou atividade ovicida sendo necessário maiores estudos a fim de verificar o seu potencial para uso em controle biológico desse nematoide.
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