Aplicações práticas do modelo PhenoGlad e o efeito da deficiência hídrica na cultura do gladíolo
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Data
2019-12-20Primeiro membro da banca
Gubiani, Paulo Ivonir
Segundo membro da banca
Ferraz, Simone Erotildes Teleginski
Terceiro membro da banca
Alberto, Cleber Maus
Quarto membro da banca
Tironi, Luana Fernandes
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Os principais objetivos desta tese foram (i) desenvolver um zoneamento de risco climático para a cultura do gladíolo nos cenários de mudança climática previstos para o final do século no Rio Grande do Sul; (ii) aplicar a metodologia de previsão de safra para prever a data da colheita do gladíolo; (iii) entender como o déficit hídrico afeta o crescimento e desenvolvimento de gladíolo (iv) compreender como ocorre o declínio na transpiração e no crescimento foliar em função da FATS para diferentes cultivares de gladíolo em diferentes estágios de desenvolvimento. O modelo PhenoGlad foi utilizado para determinar os períodos recomendados para plantio de gladíolo ao longo do ano no RS em três cenários de mudança climática (RCP2.6, RCP4.5 e RCP8.5). O modelo foi rodado para datas de plantio diárias (de 01 janeiro a 31 dezembro) e diferentes ciclos de desenvolvimento da cultura. O PhenoGlad também foi usado para prever a data de colheita das hastes florais através de dados meteorológicos históricos. Foram realizados dois experimentos de campo com quatro cultivares de gladíolo submetidas a dois tratamentos de irrigação: irrigado e não irrigado. Três experimentos foram realizados em vasos, com quatro cultivares de gladíolo em diferentes estágios de desenvolvimento e dois regimes hídricos: sem déficit hídrico e com déficit hídrico. A FATS, a transpiração e o crescimento foliar foram medidos diariamente. Em ambos os experimentos, o desenvolvimento fenológico foi avaliado diariamente e, no momento da colheita, os parâmetros quantitativos das hastes florais foram medidos. Regiões mais quentes como Uruguaiana e Iraí apresentam o menor período recomendado para plantio ao longo do ano nos três cenários climáticos e, plantios entre agosto e dezembro não são recomendados devido a maior chance de danos por altas temperaturas. Regiões mais frias como Bom Jesus serão favorecidas nos cenários de mudança climática. Para atender a demanda de gladíolo durante os períodos mais quentes do ano, será necessário desenvolver técnicas para reduzir os danos por altas temperaturas na cultura, como cultivares mais tolerantes ou o uso de telas de sombreamento sobre a cultura. Nas três primeiras previsões no RS, o RMSE variou de 7 a 4,5 dias. Em SC, o RMSE variou de 5,5 a 3,4 dias. Esses erros são aceitáveis do ponto de vista prático, porque é uma previsão realizada cerca de 45 dias antes da colheita. Com essa metodologia de previsão, os agricultores podem conhecer antecipadamente sobre as chances de o ponto de colheita ocorrer no momento desejado. A duração do ciclo de desenvolvimento do gladíolo foi maior no tratamento não irrigado. O déficit hídrico também afeta a qualidade da flor produzida, devido ao menor crescimento das plantas, no entanto, não afeta a partição da massa seca. Portanto, a irrigação suplementar no gladíolo é essencial para a produção de hastes florais de qualidade. A FATS crítica para NTR é maior quando ocorre próximo à fase reprodutiva e, as hastes florais produzidas têm qualidade inferior. Quando o déficit hídrico ocorre durante a fase vegetativa, a taxa de aparecimento das folhas ocorre mais lentamente, atrasando o ponto de colheita das hastes florais.
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