Neoplasmas testiculares em cães
Ver/
Fecha
2020-02-17Primeiro membro da banca
Inkelmann, Maria Andréia
Segundo membro da banca
Trost, Maria Elisa
Terceiro membro da banca
Flores, Mariana Martins
Quarto membro da banca
Müller, Daniel Curvello de Mendonça
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
O principal objetivo deste estudo foi revisar os protocolos de biópsias dos neoplasmas testiculares caninos em um período de 19 anos, afim de caracterizar a prevalência e os aspectos clínicos, macroscópicos e histopatológicos desses neoplasmas. Parâmetros quanto à idade, porte e raça dos cães acometidos também foram estabelecidos. Adicionalmente, objetivou-se relatar um caso incomum de um leydigoma maligno em um cão. Foram obtidos dados referentes às raças e idades dos cães machos acometidos e os aspectos clínicos e macroscópicos a partir do arquivo de laudos de biópsias do Laboratório de Patologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria (LPV-UFSM) em um período de 19 anos (2000 a 2018). Do total de casos de biópsias recebidas de cães machos, foram contabilizados os cães com neoplasmas testiculares, bem como o total de neoplasmas diagnosticados em diferentes órgãos nesses cães. A prevalência de cães com neoplasmas testiculares foi de 213/1.900 casos, perfazendo 11,2%. Em 190/213 casos, os blocos de parafina estavam disponíveis para reavaliação dos neoplasmas. Considerando esses 190 casos/cães, um total de 220 neoplasmas foram diagnosticados. Os tumores testiculares mais frequentes na rotina diagnóstica foram: seminomas (88/220), leydigomas (64/220), sertoliomas (61/220;) e o tumor misto de células germinativas e do estroma do cordão sexual (TMCGCS; 07/220). Raças de grande porte tiveram o maior número de casos (50/119), seguido das raças de pequeno (47/119) e médio porte (22/119). As idades entre todos os cães desse levantamento variaram de 10 meses a 18 anos. Em alguns seminomas intratubulares, foi possível sugerir dois locais de transformações neoplásicas das células germinativas intratubulares. O sertolioma foi o neoplasma de maior heterogeneidade quanto ao formato e arranjo celulares. A maior parte dos cães acometidos por leydigomas tinha os tipos sólido-difuso e cístico-vascular, enquanto uma menor proporção dos tumores era formada por um desses padrões junto com o padrão pseudoadenomatoso. Através deste estudo foi possível avaliar os principais aspectos dos neoplasmas testiculares caninos e categorizar as raças, portes e grupos etários dos cães acometidos no período estudado. A reavaliação histopatológica possibilitou detalhamento aprofundado sobre a morfologia celular desses neoplasmas. O segundo artigo relata um caso incomum de leydigoma maligno em um cão com metástase cutânea e para linfonodos e infiltração da musculatura abdominal. Em cães, leydigomas malignos são raros, com escassos relatos na literatura internacional. O caso relatado neste estudo foi observado em um Beagle de seis anos. O testículo esquerdo estava completamente obliterado por uma massa, firme, branco-acinzentada. Na microscopia, as células neoplásicas tinham citoplasma abundante eosinofílico e limites celulares pouco distintos. Alto grau de pleomorfismo, células atípicas e figuras de mitose abundantes foram observadas. A partir de um painel imuno-histoquímico foi possível descartar outros diagnósticos diferenciais. Dessa forma, esse relato descreveu um tumor de células intersticiais maligno com metástases disseminadas em um cão.
Colecciones
El ítem tiene asociados los siguientes ficheros de licencia: