Processamento auditivo central e potenciais evocados auditivos em idosos: um estudo de referências
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Data
2018-07-13Primeiro membro da banca
Andrade, Adriana Neves de
Segundo membro da banca
Matas, Carla Gentile
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Tendo em vista, o crescimento da população idosa, em nível nacional e mundial, este estudo buscou gerar valores de referência para diferentes testes de processamento auditivo central, investigando a influência da audição periférica e considerando escolaridade e cognição, nesta população. Também, buscou-se estudar a diferença de desempenho entre as orelhas no Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE) com estímulo clique, bem como, gerar valores de referência para o Frequency-Following Response com estímulo de fala (FFR-fala). Esta pesquisa foi de caráter prospectivo, quantitativo e transversal. Todos idosos realizaram anamnese, meatoscopia, audiometria tonal liminar, logoaudiometria, imitanciometria, Teste de Dominância Manual de Edinburgh, Mini Exame do Estado Mental (MEEM) ,Teste Dicótico de Dígitos (TDD), Teste de Identificação de Sentenças Dicóticas (DSI), Masking Level Difference (MLD), Teste Fala Comprimida Adaptado (FCA), Teste de Padrão de Frequência (TPF), Teste de Padrão de Duração (TPD), Randon Gap Detection Test (RGDT), PEATE clique e FFR-fala. Devido aos rigorosos critérios de elegibilidade, a casuística foi composta por 43 idosos, com idades entre 60 a 81, média de 66,6 anos, sendo 14 homens e 29 mulheres. Em relação as características audiológicas, foram incluídos idosos com limiares auditivos normais e perda auditiva neurossensorial de grau leve e moderado, classificados pela Organização Mundial da Saúde. Além da possibilidade de gerar os valores de referência, os resultados indicaram que, na orelha direita, quanto maior o grau da perda auditiva, piores as pontuações no MEEM e, menor o desempenho dos idosos no teste comportamental FCA. Já, os dados eletrofisiológicos demonstram, para os idosos com normalidade no PEATE clique, as latências semelhantes, entre as orelhas, exceto na onda III, a qual indicou menores valores na orelha direita. O mesmo ocorre no grupo alterado, porém na onda V. É importante evidenciar que os sujeitos têm presença de todas as ondas do PEATE clique na orelha direita e, um grande número de ausência na orelha esquerda. Ao comparar as variáveis do FFR-fala (latência, amplitude, slope e interpicos) conforme os resultados do PEATE clique, não são encontradas grandes diferenças entre os idosos normais e alterados. Isto, demonstra que a alteração no clique não influenciou o desempenho no FFR-fala. Os dados apontados, permitem concluir que foi possível gerar valores de referência para os diferentes testes comportamentais. foram gerados valores de referência para os diferentes testes comportamentais. A perda auditiva neurossensorial tem influência nos resultados do FCA, de modo a sugerir que ele não seja aplicado em idosos com alteração periférica. Em relação a escolaridade e cognição, há similaridade, entre os idosos com limiares auditivos normais e perda auditiva, de grau leve ou moderado. Não evidenciou-se diferenças entre as orelhas no PEATE clique e foram determinados os valores de referência para o FFR-fala.
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