Análise da fase oral da deglutição em indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crônica
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Data
2018-07-09Primeiro coorientador
Pasqualoto, Adriane Schmidt
Primeiro membro da banca
Stella, Angela Ruviaro Busanello
Segundo membro da banca
Almeida, Sheila Tamanini de
Metadata
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Além de efeitos na qualidade de vida dos pacientes e comprometimentos
funcionais ventilatórios, a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) produz
alterações na função de deglutição. A fase oral da deglutição é voluntária e
corresponde ao ato de posicionar o bolo alimentar na boca e realizar a posterior
projeção do mesmo para a orofaringe. A análise da variável quantitativa temporal
tempo de trânsito oral, incluindo suas definições, marcadores de início e término,
deglutições de diferentes consistências e volumes de alimento, são de extrema
importância para o conhecimento e normatização dos tempos em diferentes
populações e para o auxílio no tratamento e gerenciamento terapêutico das
disfunções de deglutição. O objetivo da presente pesquisa foi analisar a fase oral
da deglutição em indivíduos com DPOC. Trata-se de um estudo de caráter
transversal, descritivo e quantitativo envolvendo pacientes com diagnóstico
médico e espirométrico de DPOC, acompanhados pelo Programa de Rabilitação
Pulmonar do Hospital Universitário de Santa Maria, RS. Os pacientes foram
submetidos à Videofluoroscopia da Deglutição (VFD) para caracterizar de
maneira quantitativa a biomecânica da deglutição, e a avaliação odontológica
para análise da saúde bucal e estado de conservação dentária. A análise dos
exames de VFD foi realizada por três juízes cegados que analisaram por meio
de software as variáveis tempo de trânsito oral (TTO) e tempo de trânsito oral
total (TTOT), escape posterior precoce, local do disparo da deglutição e resíduo
faríngeo. Foram utilizados os testes estatísticos Coeficiente de Correlação
Intraclasse, Teste t para igualdade de médias, Teste de Wilcoxon e Teste t
Student. Foram estudados 25 pacientes (15 homens e 10 mulheres), com idade
média de 65 anos (41 a 77 anos). Observou-se TTO de 2,09s para a consistência
líquida e 1,61s para pastosa, e, TTOT de 2,34s e 1,84s para consistências líquida
e pastosa, respectivamente. Os TTO se mostraram alterados e maiores
conforme maior a gravidade da DPOC. Para ambas as consistências o local do
disparo da deglutição aconteceu em regiões anatômicas mais superiores. Houve
ausência de escape posterior precoce e resíduo faríngeo na maioria dos
pacientes. A maioria dos indivíduos analisados possuíam mau estado de
conservação dentária. Concluiu-se que houve alterações na fase oral da
deglutição dos indivíduos com DPOC, com alteração na variável quantitativa
temporal TTO para as consistências líquida e pastosa.
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