Efeito neuroprotetor do óleo de abacate (Persea americana) em um modelo in vitro de estresse induzido por cortisol
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Date
2020-01-20Author
Motta, Jéssica de Rosso
Primeiro membro da banca
Azzolin, Verônica Farina
Segundo membro da banca
Roggia, Isabel
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Introdução: O envelhecimento traz consigo preocupações próprias da idade, sendo o declínio fisiológico, o
aparecimento ou o agravamento de doenças, incluindo os transtornos psiquiátricos como a depressão, mudanças físicas
e psicologicas relacionados ao avanço da idade. O estresse vem sendo descrito por muitos autores como um possível
gatilho para o desenvolvimento de uma série de patologias psiquiátricas e metabólicas e o hormônio cortisol em altos
níveis parece ser o elo entre o estresse e o desenvolvimento de disfunções, incluindo a degeneração e morte neuronal.
Diante desse contexto e levando em consideração que a população idosa na maioria dos casos faz uso de grande
quantidade de fármacos, justifica-se a busca de elementos nutricionais que possam contribuir para o combate ao estresse.
Um elemento nutricional a ser considerado é o ômega 3, presente em uma concentração considerável no abacate (Persea
americana), fruto amplamente distribuído e consumido em todas as regiões do Brasil. Objetivo: avaliar o efeito
neuroprotetor do óleo de abacate (Persea americana) em um modelo in vitro de estresse induzido por cortisol.
Metodologia: Células neuronais da linhagem SHSY-5Y foram tratadas com óleo de abacate, obtido comercialmente,
nas concentrações de (2, 5, 10, 20 e 30 μg/mL) durante 24 horas de incubação. Também foi realizada um curva
concentração- resposta com o cortisol, obtido comercialmente via Sigma Aldrich (0.1, 0.3, 1, 3, 10ng/mL). Uma vez
determinadas as concentrações, foram realizados novos experimentos onde as células neurais foram expostas
concomitantemente ao cortisol e ao óleo de abacate a fim de se mensurar os marcadores relacionados à estresse oxidativo,
apoptose, níveis da proteína neurogenica BDNF e níveis de antioxidantes.Resultados: A exposição ao cortisol
isoldamente diminuiu significativamente a viabilidade cellular (exceto 0.1 ng/mL). Por outro lado, as células neurais
expostas a diferentes concentrações de óleo de abacate mostraram viabilidade semelhante ao grupo controle.Foram
definidas como doses de escolha para as próximas etapas 10µg/ mL de óleo de abacate e 1ng/mL de cortisol. Um aumento
significativo dos níveis de enzimas antioxidantes foi observado em todos os tratamentos. Todos os marcadores oxidativos
analisados, foram dimuidos quando a presença de óleo de abacate se fez de forma concomitante com o cortisol.
Marcadores apoptóticos como as caspases 3 e 8 tiveram queda na presença do óleo de abacate, e houve aumento dos
níveis de BDNF, quando comparados com os números do cortisol isoladamente. Discussão: Em geral, o tratamento
concomitante com cortisol e óleo de abacate reverteu os danos causados pelo cortisol aos neurônios, indicando relevância
da molécula testada como possivel neuroprotetor frente ao estresse crônico o qual tem relação intima com niveis elevados
de cortisol. Conclusão: Nossos resultados mostraram importante ação neuroprotetora do óleo de abacate, revertendo as
taxas de mortalidade induzidas e também diminuindo os eventos de estresse oxidativo e apoptose induzidos pela
exposição ao cortisol.
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