Efeitos do método pilates e do treino aeróbico em sujeitos hipertensos: ensaio clínico randomizado
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Data
2018-07-19Primeiro membro da banca
Plentz, Rodrigo Della Méa
Segundo membro da banca
Jaenisch, Rodrigo Boemo
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A hipertensão arterial (HA) é um problema mundial que vem causando elevados índices de morbimortalidade e prejuízos financeiros às sociedades. No tratamento não farmacológico da HA, as mais diversas diretrizes indicam o treinamento aeróbico como intervenção fundamental para a melhora destes sujeitos. O exercício aeróbico produz inúmeros benefícios na população hipertensa, como: redução da pressão arterial, melhora na aptidão cardiorrespiratória, na variabilidade da frequência cardíaca, no perfil lipídico e metabólico e na qualidade de vida. O método Pilates, tem se mostrado grande aliado não só para melhora no fortalecimento muscular e flexibilidade, como também para melhora da capacidade respiratória de indivíduos saudáveis. Além disso, em hipertensos, têm demonstrado redução na pressão arterial. O objetivo deste ensaio clínico randomizado é comparar os efeitos do exercício aeróbico e do método Pilates em sujeitos com HA. Foram recrutados sujeitos com diagnóstico de HA, sedentários, oriundos da comunidade, em uso de anti-hipertensivo. O estudo foi realizado nos laboratórios de reabilitação, de percepção corporal e de pesquisa em bioquímica clínica, nos prédios 26 e 26-D, da UFSM, e contou com avaliações antropométricas, medidas de pressão arterial (casual e 24 horas), variabilidade da frequência cardíaca, composição corporal e capacidade funcional. Os sujeitos foram randomizados para treinamento com o método Pilates no solo ou com exercício aeróbico em esteira ergométrica, durante oito semanas. Para análise dos dados, foi utilizado o programa GraphPad Prism 5. O ensaio foi registrado no Clinical Trials, antes do início das coletas e aceito pelo Comitê de ética e pesquisa da UFSM. Não houve mudanças significativas na pressão arterial casual e no balanço autonômico em ambos os grupos. Houve redução na pressão arterial sistólica, pressão arterial diastólica e média, medida em 24h, no grupo Pilates. O Pilates teve uma redução maior em 24h da PAS em comparação com o exercício aeróbico (diferença média -5,5 mmHg, 95% IC -10,6 a -0,4). O grupo que realizou exercício aeróbico aumentou a capacidade funcional em relação ao grupo Pilates. O método Pilates foi superior ao treino aeróbico no controle da pressão arterial, principalmente a sistólica, quando monitorada por 24 horas, mas apenas o exercício aeróbico melhorou a capacidade funcional.
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