Efeito do disseleneto de m-trifluormetil difenila em modelos de dor inflamatória aguda e subcrônica em camundongos
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2019-02-21Metadatos
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A inflamação é um processo multicelular e complexo que tem um papel protetor essencial no corpo.
No entanto, pode tornar-se patológico quando age com intensidade excessiva e prolongada
resistência. Além disso, as opções terapêuticas disponíveis para combater a inflamação apresentam
algumas questões relacionadas à eficácia e à segurança. Neste contexto, o desenvolvimento de
novas moléculas com perfil farmacológico melhorado é necessário. O disseleneto de m-trifluormetil
difenila [(m-CF3-PhSe)2] é um composto orgânico de selênio que possui propriedades biológicas
promissoras, incluindo ação antinociceptiva em modelos experimentais de nocicepção. Assim, o
objetivo principal desta dissertação foi avaliar a ação anti-inflamatória do (m-CF3-PhSe)2 em modelos
de inflamação aguda e subcrônica induzida por adjuvante completo de Freund (ACF) em
camundongos Swiss adultos. O Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Santa
Maria aprovou todos os procedimentos experimentais realizados no presente estudo, que são
registrados sob o número 8081170317/2017. Inicialmente, foi avaliada a estabilidade físico-química
do (m-CF3-PhSe)2 em diferentes condições de armazenamento. Nossos resultados demonstraram
que independentemente do tempo e condições de armazenamento testadas (freezer [-20 ºC],
refrigeração [4 ºC] ou temperatura ambiente [25 ºC]) não foi detectada alterações no conteúdo do
composto, sugerindo uma alta estabilidade química do (m-CF3-PhSe)2. No protocolo 1, a inflamação
aguda foi induzida nos camundongos por uma injeção intraplantar de ACF e 24 horas depois
receberam uma única administração intragástrica (i.g.) de (m-CF3-PhSe)2. Uma curva de tempo e
dose-resposta foi realizada para avaliar o efeito do (m-CF3-PhSe)2 na hipernocicepção mecânica,
usando o filamento de von Frey (FVF), edema e atividade da mieloperoxidase induzida por ACF na
pata. O tratamento com (m-CF3-PhSe)2 reduziu o comportamento hipernociceptivo mecânico (10 e 1
mg / kg, i.g.), bem como diminuiu o edema e a atividade da MPO na pata (10 mg / kg, i.g.). Em
seguida, o protocolo 2 avaliou a efetividade de um regime de tratamento repetido com (m-CF3-
PhSe)2 contra os comprometimentos inflamatórios induzidos pelo ACF em camundongos. A
toxicidade potencial de tal esquema de administração também foi avaliada. Os camundongos
receberam uma injeção intraplantar de ACF e 14 dias mais tarde foram tratados com (m-CF3-PhSe)2
(1 mg / kg, i.g./uma vez por dia / 10 dias). A hipernocicepção mecânica e térmica foi registrada
diariamente pelo teste de FVF e teste da chapa quente (52 ºC), respectivamente. Os resultados
demonstraram que a administração repetida de (m-CF3-PhSe)2 reduziu a hipernocicepção mecânica e
térmica induzida pelo ACF. Além disso, o tratamento repetido com (m-CF3-PhSe)2 restaurou os
compromentimentos nas alterações bioquímicas (edema e atividade da MPO na pata) e moleculares
(IL-1β, TNF-α e COX-2, avaliadas em amostras de córtex cerebral contralateral) causados por ACF.
Além disso, a administração repetida (m-CF3-PhSe)2 não desencadeou alterações na atividade
locomotora e exploratória (número de cruzamentos, distância e velocidade média), parâmetros
bioquímicos plasmáticos (função hepática, renal e cardíaca) e no estado oxidativo tecidual (fígado e
rins). Coletivamente, esses dados suportam a ação anti-inflamatória do (m-CF3-PhSe)2, reforçando o
potencial farmacológico do composto.
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